Mario Benedetti (Paso de los Toros, 14 de setembro de 1920 – Montevidéu, 17 de maio de 2009), poeta, ensaísta e escritor uruguaio, autor de mais de oitenta livros, entre romances, ensaios e poemas. De uma família de ascendência italiana, Benedetti teve a infância marcada por dificuldades financeiras. Antiamericano, simpatizante da ditadura castrista em Cuba, foi jornalista do semanário de esquerda Marcha, de 1945 a 1973, quando se viu forçado ao exílio depois de um golpe militar de direita. Retornou ao país natal em 1985, depois da redemocratização.
Tornou-se popular com poemas políticos e de amor. O escritor português José Saramago, em artigo no jornal espanhol El País, fez-lhe o elogio convencional aos escritores de esquerda: o poeta teria sido a “voz de seu próprio povo”. Sua maior realização foi retratar a vida miúda da classe média uruguaia em Montevideanos e em A Trégua. Benedetti morreu no dia 17 de maio de 2009, aos 88 anos, em Montevidéu, Uruguai.
(Fonte: Veja, 27 de maio, 2009 - ANO 42 - N° 21 – Edição 2114 - DATAS – Pág; 47)
Nasceu em 14 de setembro de 1920 em Tacuarembó, Uruguai. Em 1945 integrou a redação do semanário Marcha e, em 1949, publicou seu primeiro livro de contos Esta Manãna. Um ano mais tarde aparecem os poemas Sólo Mientras Tanto.
É em 1960, com a publicação de La tregua, que alcança transcendência internacional, com mais de uma centena de edições traduzidas em 19 idiomas e levada ao cinema, ao teatro, ao rádio e à televisão.
Em 1973 teve que abandonar seu país por razões políticas; viveu na Argentina, Cuba, Peru e Espanha. Sua vasta produção literária abrange todos os gêneros, incluindo famosas letras de canções.
Muitos poemas de Mario Benedetti estão na boca das pessoas, que os recordam de memória, os repetem ao ouvido da pessoa amada, os citam em suas declarações românticas ou os têm em mente na hora de rascunhar um verso; outros se converteram em canções e formam parte das frases cotidianas de quem tem transitado por seus versos.
Poucos poetas hão logrado estabelecer semelhante laço com o público. A poesia de Benedetti renova a linguagem dos sentimentos, diz com uma voz original aquilo que é patrimônio de todos.
(Fonte: www. blogs.utopia.org.br Poesia Latina)