Ralph Richardson (Cheltenham, 19 de dezembro de 1902 – Londres, 10 de outubro de 1983), ator britânico nascido na Inglaterra. Um dos maiores atores ingleses do século 20.
Estreou no teatro aos 19 anos com a peça O Mercador de Veneza, revelando-se desde então notável intérprete de Shakespeare. Trabalhou em mais de 200 peças teatrais e mais de 100 filmes, entre os quais Morte sobre o Nilo. Richardson morreu no dia 10 de outubro, aos 80 anos, em Londres.
(Fonte: Veja, 31 de maio, 2000 – ANO 33 – N° 22 – Edição 1651 – LUPA/DATAS – Pág; 127)
(Fonte: Veja, 19 de outubro, 1983 – Edição 789 – DATAS – Pág; 115)
Ralph Richardson: último papel
Richardson fez a última aparição em Greystoke – A Lenda de Tarzan, o Rei da Selva, faleceu semanas depois de terminadas as filmagens, aos 80 anos. Em Greystoke – A Lenda de Tarzan, ele é um velho meio gagá, mas que readquire a lucidez ao encontrar-se, numa das cenas mais emocionantes da história, com seu único neto e herdeiro.
Na vida selvagem, brilham os macacos. Entre os humanos, há o avô de Tarzan, o velho conde Greystoke, um aristocrata excêntrico interpretado pelo ator inglês Ralph Richardson.
Na trama as duas culturas estão condensadas numa única pessoa – Tarzan, senhor dos macacos e rei da selva, ou o conde Greystoke, riquíssimo proprietário de terras na Inglaterra. Esse personagem terá de decidir entre ser Tarzan ou Greystoke, e viver num magnífico castelo na Inglaterra.
Esse Tarzan de Greystoke, aparentemente tão diferente dos criados pela mitologia de Hollywood, significa na verdade uma volta à fonte original – os livros do escritor americano Edgar Rice Burroughs (1875-1950), criador do personagem. Com esse retorno a Burroughs, o diretor inglês Hugh Hudson – ganhador do Oscar de melhor filme de 1981 com Carruagens de Fogo – conseguiu realizar um dos melhores filmes da linhagem de Tarzan.
Ele mostra o naufrágio de um navio inglês nas costas da África equatorial e como John Clayton, sétimo conde de Greystoke, nasce e cresce na selva, sem saber que é diferente dos macacos que o criam. Muitos anos depois, ele é descoberto por Paul D’Arnot (Ian Holm), sobrevivente de uma expedição dizimada por pigmeus. D’Arnot ensina a Tarzan (interpretado pelo ator francês Christopher Lambert), o que é ser homem e como falar. Enfim, leva-o à civilização.
(Fonte: Veja, 31 de outubro de 1984 - Edição 843 - Cinema/ Por Mário Sérgio Conti – Pág: 124/125)