Lucio Costa (Toulon, França, 27 de fevereiro de 1902 – Rio de Janeiro, 13 de junho de 1998), arquiteto e urbanista. O pioneiro da arquitetura moderna do Brasil. Em 1957, Lúcio Costa venceu o concurso para a escolha do projeto urbanístico de Brasília – nascido, conforme ele definia, “do gesto primário de quem assinala um lugar ou dele toma posse: dois eixos se cruzando em ângulo reto, o próprio sinal-da-cruz”. Para a construção da nova capital, formou a lendária dupla com Oscar Niemeyer, cinco anos mais jovem e discipulo nos primeiros anos de carreira.
Homem de hábitos simples, tímido, Lúcio Costa assinou projetos de destaque internacional: no Rio de Janeiro, o prédio do Ministério da Educação (1943), o Parque Guinle (1948) e a ocupação da Barra da Tijuca (1969); e, nos Estados Unidos, o pavilhão brasileiro da Feira Mundial de Nova York (1939). De temperamento fechado, tornou-se ainda mais recluso depois de perder a mulher, Julieta, a grande paixão de sua vida, morta prematuramente num acidente de carro, em 1954. A morte de Lucio Costa foi tranquila. Ele tomou café na cama, virou para o lado e morreu em casa, ao lado da filha mais velha, Maria Elisa. Eram 9 horas da manhã do sábado, dia 13 de junho, tinha 96 anos, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 24 de junho, 1998 ANO 31 N° 25 – Edição n° 1552 DATAS – Pág; 38)