Powered by Rock ConvertBenedito Castrucci (São Paulo, 1909 – São Paulo, 1995), ex-professor aposentado da Universidade de São Paulo, autor de dezenas de livros de matemática, com milhares de exemplares vendidos. Um plácido professor de Matemática nascido em São Paulo, fascinado por jazz, viagens e, naturalmente, números. Trata-se de Benedito Castrucci, autor de A Conquista da Matemática, que vendeu 600 000 exemplares em 1982, dizia que seu segredo era aproximar os números da experiência diária. Lançado em 1976 pela FTD, editora dos Irmãos Maristas, esse é apenas um dos quarenta livros didáticos escritos por Castrucci desde 1942, quando decidiu garimpar num esplêndido veio até então explorado quase exclusivamente por autores franceses e, sobretudo, italianos. Castrucci atravessou o reinado do general Ary Quintela que brilhou nos anos 40 com livros de Matemática fortemente calcados em obras estrangeiras -, disputou espaços nas décadas seguintes com os professores Osvaldo Sangiorgi e Scipione di Pierro Netto e desde 1979, enfim, sentou-se no trono reservado aos reis do livro didático. Nos anos 40 Castrucci tornou-se professor de Geometria Analítica, Projetiva e Descritiva nas instituições da Escola Politécnica e do curso de Matemática na nova Faculdade de Filosofia.
MAPA DA MINA No conteúdo, os livros são praticamente iguais, porque a Matemática é uma só”, diz Castrucci, cujas obras ultrapassaram 7 milhões de exemplares vendidos. “O que diferencia cada autor é a metodologia.” O segredo de Castrucci, que escreveu seus livros com a colaboração do professor José Ruy Giovanni, é aproximar o mundo dos números da experiência cotidiana dos estudantes. No livro para a 6.ª série, o capítulo sobre porcentagem, abre com uma manchete de jornal: “Consumo de gasolina cai 14,3% neste semestre”. Segundo o professor, “uma criança pode não estar familiarizada com porcentagem, mas está sempre ouvindo falar em combustível”. A fórmula fez sucesso e transformou esse professor aposentado da Universidade de São Paulo, num nome familiar a multidões de estudantes. “Está no Castrucci”, repetem diariamente centenas de professores. Fornecida a pista, milhares de alunos tratam de procurar. Castrucci faleceu em 1995.
(Fonte: Veja, 2 de março, 1983 Edição n° 756 Educação/Livros – Pág; 42/43)
(Fonte: www.vello.sites.uol.com.br)
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