A Missão Magnetospheric Multiscale (MMS, em inglês) detectou seu primeiro choque interplanetário, segundo estudo publicado em 8 de agosto. Essas interações não têm uma colisão – são partículas que transferem energia por meio dos campos magnéticos.

O vento solar pode ser mais lento ou mais rápido. Quando um fluxo mais ágil ultrapassa o mais devagar, cria uma onda de choque – mais ou menos quando um barco ultrapassa uma onda, por exemplo.

A missão da agência espacial americana (Nasa) conseguiu medir a colisão dessas partículas com a ajuda de dois instrumentos de alta resolução. Eles medem íons e elétrons em uma frequência de até seis vezes por segundo – as ondas de choque podem passar pela nave espacial em apenas meio segundo.

Em 2018, a MMS anunciou que descobriu o processo importante que explica o destino da energia dos campos magnéticos que envolvem a Terra. A energia é transferida para partículas, criando jatos de elétrons. Os achados foram publicados na revista “Nature”.

Os campos magnéticos ao redor da Terra protegem o planeta do vento solar. Essas correntes, também chamadas de plasma, eram transferidas para algum lugar, mas até agora os cientistas não sabiam exatamente como.