A primeira relações públicas com síndrome de Down formada no Brasil

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Conseguir um diploma é o sonho de quem encara anos de estudo numa universidade. No caso da Luisa de Souza Rocha, além de muito esperado, o certificado se tornou símbolo de um feito inédito: segundo o Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas de Minas, ela é a primeira mulher com síndrome de Down a se formar no Brasil.

Aos 25 anos, Luísa colou grau no mês de agosto, sob aplausos dos colegas e familiares, além da corujice da mãe, Marisa de Souza Rocha Camargos. “Foi bom demais. Eu falo que a Alice [filha mais velha]foi maravilhoso ver se formando. Mas a Luisa, quando se formou, para mim, é como se tivesse feito mestrado, doutorado”, disse. “Calma, mãe, que eu vou fazer ainda”, brincou Luisa.

Antes de escolher o curso de Relações Públicas, Luisa passou por vários testes vocacionais na escola. “Deu humanas. Sou muito comunicativa. Fiquei pesquisando e me apaixonei pela profissão. Até hoje pesquiso muito.”

Durante o curso, Luísa, que trabalhava numa rede de supermercados desde 2015, deixou o emprego para fazer estágio na área de atuação, dentro da própria faculdade. Descobriu a área em que gostaria de atuar. “Gosto da parte de eventos e de jornalismo”, contou.

Os anos na universidade foram acompanhados bem de perto pela mãe e pela irmã, cinco anos mais velha. “Alice é uma irmã que ‘empurra’ a Luísa. É engenheira mecânica, mas acompanha a mais nova em tudo. É ela quem tem a agenda toda da caçula”, disse Marisa. “Ela é metade minha irmã, metade mãe. É a minha ‘irmãe’”, brincou a jovem RP, que também contou com apoio de psicopedagoga durante toda a vida escolar.

Desafios

 

 

 

Marisa descobriu que a filha tinha síndrome de Down duas horas após o seu nascimento. Até hoje, a mãe nunca mediu esforços para que Luisa tivesse a vida com mais autonomia.

A rotina da família era pesada. A menina tinha atendimentos de terapia ocupacional, psicólogos e fonoaudiólogo pela manhã, escola à tarde e atividades esportivas à noite. “Nunca me senti cansada. Nunca quis parar”, disse a jovem.

Para a mãe, esta foi uma forma de estimular o desenvolvimento da filha. “Sou uma mãe que via a questão da síndrome de Down de outro lado. Acho que tem é que ‘empurrar’ mesmo. Sempre tive muita esperança de que minha filha seria assim”, contou Marisa.

(Fonte: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/09/08 – NOTÍCIA / Por Patrícia Fiúza, G1 Minas — Belo Horizonte – 

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