Os princípios básicos do funcionamento do telefone foram definidos no final do século XIX, e podemos dizer que são os mesmos até hoje.
Graças ao invento da pilha elétrica, em 1801, por Alexandre Volta, é que Graham Bell, setenta e cinco anos depois (1876), pode inventar o telefone servindo-se delas para alimentar o sistema de transmissão da voz.
Com a rápida difusão do invento, tornou-se impensável fazer uma ligação sem que ela fosse canalizada para uma estação telefônica.
O primeiro sistema adotado era do tipo bateria local, onde a fonte de alimentação (pilha) era acondicionada no próprio equipamento (mesa operadora e aparelho telefônico), ou muito próximo dele.
Nessa época, junto ao equipamento ficava uma manivela que fazia parte de um conjunto denominado magneto, que deu nome a este sistema. Para fazer uma ligação, o usuário girava a manivela do telefone, gerando corrente elétrica alternada, fazendo acionar o alarme na mesa operadora. A telefonista atendia colocando a pega (cordão) no jack (orifício) assinalado. A chamada era completada com a outra pega correspondente no jack solicitado. A telefonista então, girava a manivela da mesa e, no telefone chamado, a campainha tocava.
Prosseguindo no aprimoramento e rapidez das ligações, as baterias foram centralizadas nas estações telefônicas, surgindo um novo sistema o bateria central. Os aparelhos telefônicos deixam de ter manivelas e locais para pilhas, reduzindo seu tamanho. Neste sistema, bastava o usuário retirar o fone do gancho e a telefonista já o atendia. A ligação era completada ainda da mesma forma, porém, para chamar o telefone pedido era acionada apenas uma chave.
Com as baterias centralizadas, perseguia-se a rapidez. O mundo tinha pressa. Não podia depender de pessoas que , inclusive, tinham o poder de mudar o rumo de uma chamada.
Surge o sistema automático. Não era mais preciso a intervenção da telefonista. Os aparelhos passam a ter disco, através do qual o usuário acionava o equipamento comutador da central, selecionando o número do aparelho com que desejava se comunicar. Cada número discado movimentava um seletor até a ligação ser completada. São as centrais passo a passo, instaladas na capital paulista a partir de 1928.
O tempo urge, entramos na era dos relês e a ligação é efetuada rapidamente. Não basta, as distâncias precisam encurtar, o mundo precisa comunicação instantânea, entramos na era da eletrônica, das Centrais por Programas Armazenados (CPAs), nos anos 80.
Caminhamos a passos largos pelos transistores, leds, circuitos integrados e chegamos aos chips. A CPA pode ser vista como um computador programado e equipado para realizar funções telefônicas. É fundamental para a evolução da rede telefônica, para a rede de múltiplos serviços, onde apresenta memória de programas e de dados, sendo econômica na formação de pessoal, operação e manutenção, espaço ocupado e equipamentos complementares de operação. Oferece ainda, ao usuário, diversas facilidades como: discagem abreviada; atendimento simultâneo; transferência de chamada; bloqueio de interurbano pelo próprio aparelho, e outras tantas.
É incrível, mas tudo isto não basta, o mundo não pode esperar que o homem chegue ao seu local de trabalho ou a sua casa para o telefone tocar e se comunicar. Hoje é necessário que qualquer pessoa seja localizada de imediato onde quer que esteja, aí estão os telefones celulares com a transmissão de sinais de voz por freqüência através das Estações Rádio Base.
Hoje, não só se transmite a voz, o sonho de Graham Bell, transmite-se tudo: fotos, desenhos, textos, dados e imagem ao vivo pela linha telefônica.
Primeiros princípios do telefone
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