Os últimos 10 anos tiveram avanços importantes no tratamento de doenças fatais como o câncer e a diabetes. Mas pesquisadores também desenvolveram aparelhos que não apenas ajudam os médicos a trabalhar melhor como também incrementam a qualidade de vida dos pacientes.
Depois de um período interrompida no início dos anos 2000, a terapia genética teve uma forte retomada na última década. O tratamento envolve a substituição de um gene que sofreu mutação devido a uma doença por uma cópia saudável do mesmo gene, tornando mais provável que os pacientes tenham recuperações bem-sucedidas das mais variadas condições, inclusive o câncer.
Em outubro de 2019, o governo americano e a Fundação Bill e Melinda Gates anunciaram um investimento conjunto de US$ 200 milhões nos próximos quatro anos em desenvolvimento de terapias de baixo custo para o tratamento da AIDS e das doenças falciformes.
Gel reparador do coração
Microbiota
Ao longo da última década, pesquisadores adquiriram um melhor entendimento de como as bactérias do nosso intestino podem afetar a saúde do restante do corpo. As experiências mostraram, por exemplo, a ligação entre a microbiota, obesidade e até algumas doenças mentais.
Os cientistas agora trabalham no desenvolvimento de cápsulas de material fecal para tratar algumas condições de saúde.
Redução do tabagismo
Melhor compreensão do mal de Alzheimer
Ao longo da última década, diversos estudos foram realizados para melhorar a nossa compreensão sobre como a doença de Alzheimer opera e para aumentar a probabilidade de obter uma cura. Os pesquisadores, por exemplo, recentemente chegaram à descoberta de um teste de sangue simples capaz de detectar a condição 20 anos antes dos primeiros sintomas.
Pesquisadores de Quebec, no Canadá, podem ter até mesmo descoberto quais são as causas da doença, o que pode ser o mais importante avanço no tratamento do Alzheimer desde 1995.
Tratamentos mais eficientes contra a AIDS
Paraplégicos voltam a andar
Imunoterapia contra o câncer
O nosso sistema imunológico pode ser a chave para curar o câncer? Muitos pesquisadores em imunoterapia em todo o mundo acreditam que sim. O tratamento envolve a reativação do sistema imunológico dos pacientes para combater o câncer.
Estudos mais recentes, incluindo um liderado por um médico de Montreal, conseguiram melhorar a efetividade deste tipo de tratamento.
Cinco tipos de diabetes
Em 2018, pesquisadores suecos e finlandeses descobriram a existência de cinco tipos de diabetes, ao contrário das concepções anteriores. A nova classificação em algum momento tornará possível oferecer aos diabéticos tratamentos adaptados a suas condições específicas.
Diversos pesquisadores alimentaram o sonho de devolver a visão aos cegos durante a última década.
Os oftalmologistas projetaram diversos tipos de implantes, geralmente chamados de “olhos biônicos”. Ao mesmo tempo que atualmente devolvem apenas parte da visão, os aparelhos já melhoraram a qualidade de vida de quem sofre com a deficiência visual e outras enfermidades oculares.
Primeira cirurgia com embriões humanos
Em 2017, os pesquisadores desenvolveram a primeira cirurgia química em embriões humanos usando tesouras genéticas. A técnica corrige os genes defeituosos responsáveis pelas doenças genéticas, como a beta talassemia.
Outras pesquisas sobre as repercussões na saúde dos pacientes são necessárias, no entanto, antes que possa acontecer uma aplicação em larga escala do procedimento.
Primeira maratona completa em um traje biônico
Superantibióticos
A explosão da incidência de bactérias resistentes a antibióticos nos últimos anos se tornou um risco sério para a saúde pública no mundo. Para reagir à ameaça, os pesquisadores de diversos países começaram a desenvolver super antibióticos.
Seu estudos, publicados em 2011, 2018 e 2019, podem levar a novos tratamentos amplamente usados em um futuro próximo.
Pílulas inteligentes
Médicos agora têm acesso a uma nova forma de tratar seus pacientes: pílulas inteligentes. Ao mesmo tempo que a PillCam COLON, uma câmera em miniatura usada para examinar o cólon, é o exemplo mais amplamente conhecido, outras pílulas inteligentes foram recentemente desenvolvidas.
Por exemplo, as pílulas inteligentes agora podem dizer aos médicos se os seus pacientes sofrem com a esquizofrenia, transtorno bipolar e se determinados tipos de câncer estão sendo tratados com a medicação adequada.
Em 2018, uma imagem de um scanner médico em 3D foi produzida pela primeira vez. O aparelho fornece uma imagem completa do corpo humano depois de uma única amostra e é provável que tenha capacidade de reduzir a quantidade de exames realizados nos hospitais. O scanner também permite que os médicos acompanhem o andamento das medicações através do corpo.
Outras vantagens incluem fornecer aos profissionais de saúde dados mais precisos e poupar os pacientes da exposição à radiação.
Cirurgia realizada com um headset de realidade ampliada
Em 2017, o Dr. Thomas Gregory realizou a primeira cirurgia ortopédica do mundo usando um aparelho de realidade aumentada. A enorme quantidade de informação em tempo real provida pelo aparelho permitiu ao cirurgião trabalhar mais rapidamente e com mais precisão. A recuperação pós-operatória também foi mais fácil.
A realidade aumentada certamente vai mudar a forma como os procedimentos cirúrgicos são realizados nos anos vindouros.
Melhores tratamentos contra a psoríase
Redução mundial de suicídios
De acordo com informações da Organização das Nações Unidas (OMS), as taxas de suicídio em todo o mundo tiveram uma queda de 9,8% entre 2010 e 2016.
Nesta última década a medicina avançou para a criação de um pâncreas artificial, um aparelho projetado para melhorar a qualidade de vida de pacientes que vivem com diabetes do tipo 1.
Em 2016, a autoridade sanitária americana (FDA) aprovou o primeiro dos modelos nos EUA. Consistindo de uma bomba de insulina, um sensor e um algoritmo de controle, mede os níveis de glucose no sangue a cada cinco minutos e, se necessário, aplica uma injeção de insulina.
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/retrospectiva – NOTÍCIAS / RETROSPECTIVA / EXPRESSO / Maiores avanços da medicina na década / Por Philippe Michaud – 03/12/2019)