A atriz Anna Karina, era símbolo da Nouvelle Vague
Lenda da Nouvelle Vague do cinema francês
Conhecida por seus papéis nos filmes de Jean-Luc Godard e um dos símbolos da Nouvelle Vague
Anna Karina (Copenhague, 22 de setembro de 1940 – Paris, 14 de dezembro de 2019), atriz francesa, foi uma das maiores estrelas do movimento conhecido como Novelle Vague, conhecida por seus papéis nos filmes de Jean-Luc Godard e um dos símbolos da Nouvelle Vague.
A atriz Anna Karina, uma das mais aclamadas estrelas do influente movimento Nouvelle Vague (nova onda) do cinema francês, ficou famosa pelos seus olhos azuis maquiados com rímel, era a musa frequente do diretor Jean-Luz Godard, seu primeiro marido, tendo feito sete de seus filmes, incluindo “Uma Mulher É Uma Mulher”, “O Demônio das Onze Horas” e “Bando à Parte”.
A artista se tornou conhecida durante a década de 1960, principalmente por sua atuação em filmes do diretor Jean-Luc Godard, 89 anos, que também foi seu companheiro na época. Ela também fez carreira na música.
Anna Karina começou sua carreira como modelo na França, para onde se mudou aos 18 anos.
Francesa de origem dinamarquesa, a atriz de rosto pálido e grandes olhos azuis filmou sete filmes com Godard, então seu parceiro, nos anos 1960.
Também fez carreira no mundo da música, triunfando ao lado do lendário Serge Gainsbourg.
Ela participou de, ao todo, sete filmes com Godard, sendo um dos principais O Pequeno Soldado (1963), protagonizado por ela. A dupla se casou em 1961. Dirigida por Godard, Anna Karina estrelou ainda Uma Mulher é uma Mulher (1961), Viver a Vida (1963) e O Demônio das Onze Horas (1965). Apesar da intensa parceria, os dois não se encontravam fazia duas décadas.
Também atuou em filmes de outros diretores, como A Religiosa (1966), de Jacques Rivette, e dirigiu suas próprias produções, sendo a primeira delas Vivre ensemble, em 1973.

Anna Karina (R) e o ator francês Daniel Duval posam durante o casamento em La Garde-Freinet, sudeste da França, em 1º de julho de 1978 — (Foto: Stringer/AFP)
Godard a descobriu em um anúncio e propôs um pequeno papel em “Acossado” com Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo, que ela rejeitou.
Karina também trabalhou com outros grandes diretores, incluindo Lucchino Visconti, Jacques Rivette e Rainer Werner Fassbiner, e protagonizou algumas das maiores produções em língua inglesa entre o fim da década de 1960 e começo da de 1980.

Anna Karina em foto de 1º de maio de 1973, em Cannes — (Foto: AFP)
Viver com Godard, “complicado”
“Nós nos amávamos muito. Mas era difícil viver com ele”, admitiu. “Era alguém que poderia dizer ‘vou buscar um cigarro’ e voltar depois de três semanas. Era uma época em que não havia smartphone, nem secretárias eletrônicas”.
Trabalhou com Jacques Rivette (“A Religiosa”, 1966), mas não com Chabrol nem Truffaut, outros diretores da Nouvelle Vague.
O marido da atriz, o diretor americano Dennis Berry, estava com ela na hora da morte, segundo seu agente.
“Hoje, o cinema francês ficou órfão. Perdeu uma de suas lendas”, afirmou o ministro da Cultura da França, Franck Riester, no Twitter.
O marido da atriz, o diretor americano Dennis Berry, estava com ela na hora da morte, segundo seu agente.
“Hoje, o cinema francês ficou órfão. Perdeu uma de suas lendas”, afirmou o ministro da Cultura da França, Franck Riester, no Twitter.