Herbert Kappler (Stuttgart, 23 de setembro de 1907 Soltau, Alemanha, 9 de fevereiro de 1978), ex-tenente-coronel da SS alemã e chefe da Gestapo em Roma, na II Guerra Mundial. Condenado na Itália à prisão perpétua, pelo crime de haver comandado, em 1944, a execução sumária de 335 pessoas inocentes, numa represália a um atentado das forças da resistência, vivia em tratamento de saúde desde 1974, ultimamente no Hospital Militar de Célio, a 110 quilômetros de Roma.
Em agosto de 1977, foi libertado pela própria mulher, a enfermeira Anneliese Kappler-Wenger, 52 anos, que o retirou do quarto, no 2.° andar do hospital, com auxílio de uma corda de alpinista, transportando-o em seguida para a Alemanha, no porta-malas de um automóvel alugado. O episódio provocou uma tempestade política entre a Itália e a Alemanha, ante a recusa de Bonn de extraditá-lo, sob a alegação de que a Constituição do país não permite a entrega de seus próprios cidadãos. Herbert Kappler morreu em 9 de fevereiro de 1978, aos 70 anos, em Soltau, Alemanha.
(Fonte: Veja, 15 de fevereiro, 1978 – Edição n° 493 DATAS – Pág; 70)
Na noite de 24 de março de 1944, 335 italianos foram executados por soldados alemães nos subúrbios de Roma. Herbert Kappler, coronel da SS, então chefe da polícia nazista daquela região, justificou o fuzilamento como um ato de represália pela morte, no dia anterior, de 33 de seus comandados. Condenado por um tribunal italiano, em 1947, à prisão perpétua, Kappler cumpria sua pena na prisão de Gaeta, ao norte de Nápoles, quando dia 22 de março, o Ministério da Defesa da Itália anunciou a suspensão da punição.
Vítima de um câncer no estômago, o ex-coronel, que já não consegue se alimentar sozinho, foi internado num hospital. Para aplacar a onda de protesto que começa a surgir no país, o Ministério informou que a decisão poderá ser revogada caso Kappler se restabeleça sua saúde.
(Fonte: Veja, 24 de março, 1976 – Edição n° 394 DATAS – Pág; 81)
Libertado condicionalmente em 11 de novembro de 1976, em Roma, pelo Tribunal Militar Territorial de Roma, por ter cumprido mais de 28 anos de pena, por boa conduta e por doença, Herbert Kappler, 69 anos, ex-major da SS.
Condenado em 1948 a prisão perpétua por ter ordenado e dirigido pessoalmente, em 1943, um massacre em Roma, em que 335 pessoas, apanhadas a esmo nas ruas, foram assassinadas a tiros, em represália a um atentado da resistência que matou 33 soldados alemães.
(Fonte: Veja, 17 de novembro de 1976 – Edição n° 428 – DATAS – Pág; 131)