Jacques Klein, arrebatou em 1954 o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano de Genebra.

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Jacques Klein (Aracati, CE, 10 de julho de 1930 – Rio de Janeiro, 24 de outubro de 1982), um dos maiores pianistas clássicos brasileiros. Cearense de Aracati, arrebatou em 1954 o primeiro lugar no Concurso Internacional de Piano de Genebra – um prêmio que não era concedido desde 1948, por falta de candidatos que o merecessem. Consagrado pela crítica, atuou junto a orquestras como as filarmônicas de Londres, Berlim e Nova York. Klein estreou como concertista em 1954, e viveu como concertista até o final da vida.

Na década de 1950, Jacques Klein foi professor do Conservatório Brasileiro de Música e da Escola de Música da UFRJ, sempre na linha da música erudita. Como professor, não se dedicou ao jazz nem à música popular.

Considerado um mestre na interpretação de Beethoven e Brahms, gravou apenas um disco, mas realizou mais de 2 500 concertos, o último deles a 27 de setembro, com a Orquestra de Câmara de Moscou. Manteve uma agenda intensa de concertos e, em paralelo, fazia apresentações ao vivo tocando jazz e música brasileira.

Foi, também, um músico de câmara renomado. Entre a vertente clássica e a popular, construiu uma carreira de muito prestígio – chegou a ser o instrumentista brasileiro erudito mais conhecido na Europa – sem grandes mudanças de rumo ou derivações.

Empenhado em difundir a música, chegou a ser diretor da Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro.

Klein faleceu em 24 de outubro de 1982, aos 52 anos, de câncer, no Rio de Janeiro.
(Fonte: Veja, 3 de novembro, 1982 – Edição 739 – DATAS – Pág; 115)
(Fonte: www.musicosdobrasil.com.br)

 

 

 

Imagine um excelente pianista, do tipo que é referência mundial, tocando com as maiores orquestras do planeta. Dê a ele bom humor, gênio impulsivo e, de quebra, um talento especial para se comunicar com plateias das mais esnobes às mais simplórias. Hoje pode ser difícil imaginar, mas o produto dessa mistura existiu, sim, veio de Aracati, no Ceará, e se chamava Jacques Klein.

Consumido por um câncer quando ainda estava no auge da carreira, aos 52 anos, Klein era um tipo raro de músico clássico. Era popular. Amava interpretar Beethoven, Mozart e Chopin. Mas também compôs com Dorival Caymmi, teve um grupo de jazz e aparecia com tanta naturalidade na TV que chegava a dar autógrafo na rua.

Morreu em 1982, mas parece que foi há séculos. Deixou quase nada gravado, e, saindo do circuito da música clássica, seu nome é pouco conhecido entre os mais jovens.
(Fonte: www.oglobo.globo.com/cultura – CULTURA / Referência Mundial / O Globo – 11/10/2009)

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