Octavio Tostes e a manipulação do debate de Collor e Lula.
Jornalista foi responsável pela edição do debate entre Lula e Fernando Collor, em 1989
Octavio Hermanny Tostes, trabalhou no Grupo Globo por 14 anos e estava, desde 2011, na Rede Record.
Formado em jornalismo pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Octavio Tostes ingressou no jornal O Globo em 1981 como responsável pelo copidesque da editoria de Esportes.
Em maio de 1987, foi convidado por Merval Pereira para trabalhar na Globo. Trabalhou na editoria Rio, no Jornal Nacional, no Jornal da Globo, no Globo Repórter e participou de grandes coberturas como as eleições presidenciais de 1989, a Guerra do Golfo e a Eco-92.
Em 1994, começou a colaborar também com a CNN, na produção de um programa internacional. Retornou ao Brasil em 1999 e assumiu a coordenação do Jornal Nacional em São Paulo.
Tostes era formado pela Escola de Comunicação da UFRJ e começou a carreira como repórter da TV Bandeirantes, em 1981. Em seguida, ingressou no jornal O Globo, na editoria de Esportes, onde permaneceu até 1987.
Formado em jornalismo pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Tostes passou pelo jornal O Globo, TV Globo, CNN, CBS Telenotícias do Brasil, TV Gazeta e AOL Brasil, entre outras empresas. Desde 2011, Tostes trabalhava como coordenador e editor de jornais da Record TV.
Convidado para a TV Globo, trabalhou na emissora até 1994. Fez parte da equipe de diversos telejornais, como RJTV, Jornal Nacional e Globo Repórter, e participou de grandes coberturas como a da primeira Guerra do Golfo e a Eco-92.
Em maio de 2000, transferiu-se para a Globo.com, onde permaneceu até junho de 2001 como gerente de conteúdo. Depois, passou por outras empresas, como TV Gazeta, AOL Brasil, Rede Amazônica e a editora Conteúdo Editorial, de São Paulo, especializada em Tecnologia da Informação.
Desde 2011, trabalhava como coordenador e editor de telejornais da Rede Record.
Tostes foi o responsável por duas edições do último debate entre os candidatos à presidência Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, em 1989. A primeira edição foi acompanhada por Francisco Vianey Pinheiro, o Pinheirinho (responsável pela edição de política na TV Globo em São Paulo), mas a segunda edição, supervisionada por Ronald de Carvalho, então editor de política e chefe direto de Tostes, e Alberico de Souza Cruz, então diretor de telejornais de rede, culminou em um dos episódios mais vergonhosos do jornalismo brasileiro.
Em gravação realizada ao projeto Memória Globo, Tostes explica o que houve na segunda edição do vídeo, usada no Jornal Nacional. “É para fazer uma edição com o melhor do Collor e o pior do Lula. Bota aquele negócio da sub-raça, que era um deslize do Lula durante o debate em que o Lula, querendo dizer como a miséria criava pessoas que eram uma sub-raça no Nordeste, ele falou de uma maneira – ele estava nervoso – e isso ficou parecendo como se ele tivesse um preconceito contra essa sub-raça, o que era absolutamente impensável porque ele era um representante dessa sub-raça na condição de nordestino pobre. Mas isso passou a impressão, no debate, de que ele estava falando… O Ronald me pediu para colocar isso. Me pediu também para botar uma outra coisa, da qual não me consigo me lembrar, pelo trauma profissional e pessoal que representou para mim fazer essa edição”
“O Pinheiro, quando me perguntou como é que estava a edição e se eu estava repetindo a do Hoje, comentou na hora que tinha falado com o Armando (Armando Nogueira, diretor de jornalismo da Globo), e que o Armando (segundo o Pinheiro) tinha consultado o comitê, que era como eram referidos os acionistas na época, e que a orientação era repetir”.
“Diante disso do que o Pinheiro, eu disse ‘olha, não foi essa a orientação que eu recebi do Ronald e do Alberico. O Pinheiro disse ‘então é com você’”, disse Tostes. “Depois, eu estava terminando a edição na ilha 07, já na frente do corredor, e Alberico chegou, viu o VT, autorizou a subida – me lembro que o VT subiu 15 para as oito, acho que já estava fora do deadline ou ainda no limite máximo do deadline, e quando a matéria foi ao ar, não sei se expressando uma emoção minha ou reagindo a algum clima da redação, eu disse textualmente ‘isto não é jornalismo, este é o serviço mais sórdido que eu já fiz na minha vida’”.
(Fonte: Zero Hora – ANO 57 – N° 19.858 – 3 DE NOVEMBRO DE 2020 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 31)
(Fonte: https://jornalggn.com.br/politica – POLÍTICA / Por Jornal GGN –