Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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Diretor da CNI

 

Ele era tido como um dos maiores especialistas do país em política industrial e comércio exterior

 

Carlos Eduardo Abijaodi (Belo Horizonte, 1946 – Belo Horizonte, 19 de abril de 2021), engenheiro civil, diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

 

Diretor da CNI há mais de dez anos, era tido como um dos maiores especialistas do país em política industrial e comércio exterior.

 

Mineiro de Belo Horizonte, Carlos Abijaodi era diretor da CNI desde dezembro de 2010, onde coordenou, com muita competência, diversas áreas, como comércio exterior, integração internacional e de políticas industrial, econômica e tributária. Ele foi responsável pela reativação do debate sobre abertura comercial e livre comércio dentro da indústria e teve presença ativa nos debates do acordo Mercosul-União Europeia, no acordo de Facilitação de Comércio da OMC e na criação do Portal Único do Comércio Exterior.

 

Defensor incansável do aumento de produtividade dentro das empresas industriais, Abijaodi foi o grande apoiador do projeto “Indústria + Produtiva”, a mais bem sucedida iniciativa de política industrial do país dos últimos anos. Foi ele também quem, anos atrás, apresentou ao então MIDC (Ministério da Indústria Comércio Exterior e Serviço) o conceito e a proposta de criação da Câmara Brasileira da Indústria 4.0.

 

Esse projeto se tornou o programa “Brasil Mais Produtivo”, que ajudou a melhorar a produtividade e a competitividade de milhares de empresas em todo o país. “Sua vasta experiência nos temas de interesse do setor privado e sua admirável habilidade para negociação farão muita falta não apenas ao Sistema Indústria, mas também ao país”, acrescenta o presidente da CNI, Robson Andrade.

 

Trajetória

 

Em nota, a CNI destacou a atuação de Abijaodi em temas como abertura comercial e livre comércio dentro da indústria e sua presença ativa nos debates do acordo Mercosul-União Europeia, no acordo de Facilitação de Comércio da OMC e na criação do Portal Único do Comércio Exterior. Além disso, foi o responsável pela elaboração de propostas que acabaram se tornando políticas de governo, como o projeto “Indústria + Produtiva” e a proposta de criação da Câmara Brasileira da Indústria 4.0, base do programa “Brasil Mais Produtivo”.

 

Carlos Eduardo Abijaodi faleceu em 19 de abril de 2021, em decorrência da covid-19. Abijaodi tinha 75 anos e estava internado desde o dia 13 de março no hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, sua cidade Natal.

“Além do amigo, perdemos também um profissional de visão e com espírito inovador, cuja trajetória foi marcada pela defesa incansável de políticas públicas pela inserção internacional da indústria brasileira”, declarou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Roberto Fendt, lamentou a morte de Abijaodi. “Tinha em Carlos Eduardo um interlocutor frequente para tratar de assuntos relacionados a comércio exterior, negociações internacionais e investimentos, áreas em que ele deixa como legado um trabalho de muito profissionalismo e competência, com resultados positivos para a indústria brasileira”, afirmou.

O ex-ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e atual deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP) também lembrou a relação “amistosa e produtiva” com o diretor.

O ex-secretário de Comércio Exterior e atual vice-presidente da Câmara Americana de Comércio, Abrão Neto, disse que o comércio exterior brasileiro está de luto. “Abijaodi era um mineiro por excelência. Conciliador, atencioso, respeitoso e cercado de amigos. Uma figura querida e que contribuiu muito para a agenda internacional do Brasil”, declarou.

O ex-secretário de Comércio Exterior Welber Barral declarou que o Brasil perde um líder empresarial importante, que sempre foi um “alicerce importante para a indústria brasileira”. “Perdemos também um amigo querido, uma figura com a fineza desatinada das Minas Gerais”, afirmou.

(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus – NOTÍCIAS / por Lorenna Rodrigues – 19 abr 2021)

(Fonte: GAÚCHAZH – ANO 57 – N° 20.000 – 20 DE ABRIL DE 2021 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 31)

(Fonte: https://noticias.r7.com/brasil – BRASIL / NOTÍCIAS / Do R7 – 19/04/2021)

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