O poder de uma nação já foi medido e qualificado pela pontaria de seus arqueiros. Mas isso há centenas de anos, mais especificamente durante a Idade Média, quando arcos e flechas eram as principais armas. Com a invenção da pólvora, perderam seus postos nos campos de batalha e foram deslocados para os de lazer. Na Inglaterra, desenvolveu-se como esporte, e de lá partiu para outros países. Elegância e o fato de não discriminar os muitos jovens ou os mais velhos são argumentos utilizados por seus praticantes para conquistar adeptos.
Embora escavações arqueológicas tenham descoberto pontas de flechas com 25 mil anos de idade, o arco e flecha desenvolveu-se como esporte a partir de 1545, quando Robert Aschan, instrutor da Rainha Elizabeth I, escreveu o primeiro livro sobre a arte do arqueirismo: Toxophilus. Torneios nacionais e regionais passaram a ser promovidos nos condados britânicos, e os vencedores recebiam, além da fama, favores da Corte e, às vezes, bons prêmios em dinheiro.
Só no final do século 18 fundou-se a Real Sociedade de Toxofilia. Anos depois, em 1828, o esporte chegou aos Estados Unidos e foi criado o grupo Arqueiros Unidos da Filadélfia.
A Federation Internacional de Tir à LArc, conhecida pela sigla Fita, foi fundada em 1930, impondo uniformidade às regras. Um ano depois, na Polônia, realizou-se o Primeiro Campeonato Mundial. Na Olimpíada, a estréia do arco e flecha ocorreu em 1900, em Paris. As competições ainda se realizaram por mais três jogos 1904, 1908 e 1920 -, sempre em diferentes provas. Depois disso, o esporte ficou afastado das competições olímpicas por cerca de 50 anos. Reapareceu em 1972, em Munique, com disputas masculinas e femininas.
(Fonte: Zero Hora Guia Olímpico – Porto Alegre, Quarta-feira, 17 de julho de 1996 – Pág; 14)