Robert Downey Sr., ficou conhecido nos anos 60 por dirigir filmes que flertavam com a contracultura, como o clássico Putney Swope, era pai de Robert Downey Jr., de ‘Homem de Ferro’

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Robert Downey Sr., diretor e pai do ator Robert Downey Jr, de ‘Homem de Ferro’

 

Diretor da comédia em preto e branco ‘Putney Swope’

 

Diretor ficou conhecido nos anos 60 com seus filmes de contracultura.

 

Robert John Downey Sr. (Nova Iorque, Nova York, 24 de junho de 1936 – Nova York, 6 de julho de 2021), diretor, ator e dramaturgo, era pai de Robert Downey Jr.

 

Ele ficou conhecido nos anos 60 por dirigir diversos filmes que flertavam com a contracultura, como o clássico Putney Swope, de 1969, que se tornou cult com o passar dos anos. Ele se tornou produtor importante no cinema independente norte-americano, alcançando grande reputação.

 

Downey Sr. ficou conhecido nos anos 60 com seus filmes de contracultura, o mais notável sendo “Putney Swope”. Seus longas também eram conhecidos pelo baixo orçamento, verdadeiras produções independentes que quebravam os moldes do que era considerado certo para a época. Foi também em um de seus filmes, “Pound”, que Robert Downey Jr. teve seu primeiro papel, o de um cachorrinho doente. Ele viria a estar em outro seis produções de seu pai: “Greaser’s Palace”, “Rebeldes da Academia”, “America”, “Rented Lips”, “Os Loucos Casais da Califórnia” e “Hugo Pool”.

 

Robert Downey Sr era ator, escritor, produtor e diretor. Ficou conhecido pela comédia em preto e branco Putney Swope (1969), a qual escreveu e dirigiu. Também autou em filmes de sucesso, como: Magnolina, Boogie Nights – Prazer Sem Limites Um Homem de Família.

 

O principal título na filmografia de Downey Sr. é “Putney Swope”, uma sátira sobre um grupo de executivos de uma agência que precisa eleger um novo diretor. Na tentativa de alienarem seus desafetos da votação, eles acabam alçando o único homem negro da empresa ao posto. O longa foi lançado em 1969, na esteira do fim de leis segregatórias nos Estados Unidos.

 

O cineasta americano ainda levou às telas “Rebeldes da Academia”, de 1980, “Os Loucos Casais da Califórnia”, de 1990, que teve o próprio filho no elenco, e alguns dos episódios da série “Além da Imaginação”.

Curiosamente, Robert Downey também era Jr. Seu nome verdadeiro era Robert John Elias Jr. Ele era filho da modelo conhecida apenas como Elizabeth (McLoughlin) e Robert Elias, que trabalhava na gestão de hotéis e restaurantes. Mas ao se tornar maior de idade adotou o sobrenome de seu padrasto, James Downey.

Seus primeiros filmes foram iniciativas rodadas praticamente sem orçamento, filmes realmente independentes, que mesmo em condições mínimas se destacaram por situações cômicas e absurdas, e redefiniram o cinema underground.

O curta “Balls Bluff” (1961), o média “Babo 73” (1964) e os longas “Chafed Elbows” (1966) e “No More Excuses” (1968) impactaram muitos jovens cineastas da época, entre eles Martin Scorsese, que teve a iniciativa de restaurar todas essas obras por sua Film Foundation.

“No More Excuses” tornou-se influentíssimo por trazer Downey encarnando situações fictícias e malucas, registradas nas ruas de Nova York, no Yankee Stadium e num vagão de metrô lotado, em meio a reações de pessoas reais. Neste filme, ele foi Borat 40 anos antes de Sacha Baron Cohen.

Não foi à toa que foi definido como “anarquicamente caprichoso e contracultural com C maiúsculo” pelo Village Voice, a publicação mais alternativa de Nova York na época.

A repercussão o deixou famoso o suficiente para conseguir seu primeiro orçamento e contrato de distribuição, permitindo que o filme seguinte tivesse maior alcance. Em 1969, “Putney Swope” expôs seu estilo a um público mais amplo, que ficou chocado – alguns diriam horrorizado. O filme era uma sátira devastadora da Madison Avenue, o centro publicitário dos EUA, e mostrava o que acontecia quando um ativista afro-americano recebia carta branca para fazer o que quisesse numa agência de publicidade.

A ousadia do filme foi revolucionária. “Putney Swope” entrou na lista dos 10 melhores filmes do ano da New York Magazine, mas também foi execrado pela imprensa conservadora. Com o passar dos anos, sua reputação só aumentou, tornando-o um dos filmes mais cultuados da história do cinema americano.

Downey entrou nos anos 1970 com novas provocações, como “Pound”, em que atores fingiam ser cachorros esperando para serem adotados – entre eles, o estreante Robert Downey Jr. de cinco anos de idade – , e “Greaser’s Palace” (1972), uma encenação ultrajante da vida de Cristo no contexto de um faroeste espaguete. Desta vez, foi a revista Time que colocou o filme em sua lista dos dez melhores do ano.

Apesar da repercussão, os lançamentos não davam dinheiro, o que levou o diretor para o teatro e polêmicas diferentes. Downey dirigiu a peça “Sticks and Bones” de David Rabe, que a rede CBS decidiu exibir ao vivo em seu projeto de teleteatro em 1973. O tema anti-guerra da montagem enfrentou grande resistência do mercado e boicote dos anunciantes, fazendo com que a transmissão da peça se tornasse a única do projeto sem interrupções comerciais.

Ele também antecipou “Seinfeld” ao fazer o primeiro filme sobre nada, “Moment to Moment” de 1975. Downey disse ao Village Voice que “foi difícil arrecadar dinheiro para um filme que não tinha realmente um enredo. Lembro-me de dizer a um cara uma vez, ‘Há uma cena em que teremos 18 caras jogando beisebol a cavalo’, que está lá. Ele olhou para mim como se pensasse: ‘Você enlouqueceu?’. Jack Nicholson colocou dinheiro para a produção, Hal Ashby e Norman Lear, esses meus amigos daquela época. É o filme favorito dos meus filhos dentre todos que fiz.”

A partir dos anos 1980, Downey acreditou que seu humor besteirol finalmente poderia ser entendido pelo mercado, o que resultou em tentativas de produções mais comerciais. “Rebeldes da Academia” não escondia o desejo de replicar o sucesso de “Clube dos Cafajestes” (1978), mas com situações muito mais suaves do que as do filme de John Belushi.

Ele também dirigiu as comédias “America” (1986) e “Rented Lips” (1988), mas só conseguiu atrair a atenção com “Os loucos Casais da Califórnia”, já em 1990 e graças a um elenco que incluía seu filho Robert Downey Jr. e o jovem amigo dele Ralph Macchio (o “Karatê Kid”), ao lado de Allan Arbus e o Monty Python Eric Idle. O filme juntava os quatro em despedidas emocionantes de seus cachorros superprotegidos, todos poodles, que saíam de férias em uma van.

Seus últimos filmes foram mais sérios. “Hugo Pool” foi inspirado pela morte de sua segunda esposa, Laura, que faleceu de ALS em 1994. O longa, que estreou mundialmente no Festival de Sundance em 1997, promovia a conscientização sobre ALS. E ele encerrou a carreira com o documentário “Rittenhouse Square”, sobre o principal centro cultural e social da Filadélfia, lançado em 2005.

Robert Downey também foi ator e participou de filmes como “Boogie Nights” (1997) e “Magnolia” (1999), ambos de Paul Thomas Anderson. Sua última aparição nas telas foi como convidado do humorístico “Saturday Night Live” em 2015.

Como suas obras foram realmente independentes, nunca receberam muita atenção do mercado e jamais saíram do circuito dos iniciados – seus principais títulos são inéditos no Brasil e em vários países do mundo. Por conta disso, sua ousadia acabou esquecida. É até desconhecida entre as novas gerações, que se referiam a ele apenas como o pai de Robert Downey Jr.

Nos últimos anos, ele ficou mais famoso por ser pai de Downey Jr, ator duas vezes indicado ao Oscar e que se tornou uma estrela de Hollywood ao interpretar Tony Stark, conhecido como Homem de Ferro, em vários filmes do Universo Cinematográfico da Marvel. Foi com o pai que ele começou a atuar, ainda nos anos 70, em ‘Pound’, baseado em uma peça da Broadway. 
Em algumas entrevistas, Robert Downey Jr indicou que teve um relacionamento complicado com o pai durante a sua juventude. Em 2015, ele chegou a abandonar uma entrevista depois que o repórter o questionou sobre seu passado com Robert Downey Sr, além de também pressioná-lo a responder sobre seus problemas com drogas. 
O último filme dirigido por Downey Sr. foi o documentário “Rittenhouse Square”. Ele também fazia pontas de atuação, participando de filmes como “Boogie Nights: Prazer Sem Limites”, “Magnólia” e “Um Homem de Família”.

Robert Downey Sr. faleceu em 6 de julho de 2021, aos 85 anos, em sua casa em Nova York. Ele morreu durante o sono, de acordo com informações divulgadas pelo intérprete de Homem de Ferro nas redes sociais.

(Fonte: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/redacao/2021/07/07 – TV E FAMOSOS / FAMOSOS / Colaboração para o UOL, em São Paulo – 07/07/2021)

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias – ENTRETENIMENTO / NOTÍCIAS / por (FOLHAPRESS) – SÃO PAULO, SP / fornecido por Microsoft News – 07/07/2021)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/cinema – DIVERSÃO / CINEMA / por Pipoca Moderna – 7 jul 2021)

(Fonte: https://cinemacomrapadura.com.br/noticias – NOTÍCIAS / por Louise Alves – 07/07/2021)

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