Primeiros mergulhadores brasileiros a documentar a fauna submarina na Antártica

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Pesquisadores brasileiros fazem fotos inéditas dos organismos submarinos da Antártica. Em 1995, três pesquisadores do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) tornaram-se os primeiros a mergulhar e documentar a fauna submarina ao longo do rochedo, até uma profundidade de 25 metros, na Baía do Almirantado, na Ilha Rei George, onde estão as estações científicas brasileira, desse continente rochoso de 14 milhões de km².
Paulo César de Paiva e Tânia Aparecida Silva Brito, biólogos e um estudante de biologia da USP, Luciano César Candisani, participantes de um projeto, no âmbito do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), com o objetivo de estudar a fauna bentônica do continente – aquela localizada no fundo dos mares, em substrato rochoso e sedimento.
Desde a primeira Expedição Brasileira à Antártica, em 1983, os biólogos estudam a sua fauna bentônica. Até a 6ª Expedição, em 1988, a coleta das espécies era feita a partir do navio oceanográfico Prof. W. Besnard, por meio de dragas, redes de arrasto e pegadores de fundo, em profundidades quase sempre superiores a 50 m. Dessa forma foi possível realizar trabalhos de identificação dos animais e sua distribuição geográfica. Entretanto, as dragas e arrastos impedem, que se estude a associação de espécies no mesmo ambiente.
A partir de 1988 foram iniciados os mergulhos, que prosseguiram nas expedições realizadas nos verões de 1990, 1991 e 1995.

(Fonte: Revista Globo Ciência – Ano 5 – Número 51 – Editora Globo – ESPECIAL – Outubro de 1995 – Por Maria da Graça Mascarenhas – Pág; 19 à 26)

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