Wislawa Szymborska (Kornik, oeste da Polônia, julho de 1923 – Cracóvia, 1° de fevereiro de 2012), poetisa polonesa vencedora do Prêmio Nobel de Literatura em 1996.
Embora Wislawa, nascida em Kornik, no oeste da Polônia, em julho de 1923, fosse a poetisa mais conhecida da Polônia, teve que esperar até a concessão do Nobel em 1996 para que sua obra chegasse ao resto do mundo.
Autora de uma vintena de coletâneas de poemas, marcados por uma reflexão filosófica sobre as questões morais da nossa época, escritos numa forma poética muito cuidada, Szymborska manteve-se afastada da vida política.
Mas em maio de 2007 juntou-se aos intelectuais poloneses que acusaram a direita conservadora dos irmãos gêmeos Lech e Jaroslaw Kaczynski (então Presidente da República e primeiro-ministro) de não compreenderem a democracia e tentaram enfraquecer e renegar instituições de um Estado democrático como os tribunais independentes e as os media livres.
Em 1975, ainda sob o regime comunista, juntou-se também aos intelectuais que protestaram contra a decisão do Partido Comunista Polonês de inscrever na Constituição a cláusula de aliança eterna com a União Soviética.
A Academia Sueca valorizou-a como representante de um olhar poético de uma pureza e de uma força raras.
Os seus poemas, com uma grande variedade estilística, são claros, geralmente curtos, frequentemente dando-se ares de aforismos. Inspirada por Descartes, mas também por Pascal ou Montaigne, agnóstica, pratica a dúvida metódica.
A autora destacou-se por uma poesia cheia de humor e pela habilidade em usar trocadilhos, presente desde seu primeiro poema publicado em um jornal local em 1945.
Wislawa Szymborska morreu 1° de fevereiro de 2012, aos 88 anos na Cracóvia vítima de um câncer de pulmão.
“Morreu em casa, tranqüila, enquanto dormia”, disse à imprensa seu secretário pessoal, Michal Rusinek, lembrando que a escritora foi sempre um fumante incorrigível apesar das constantes advertências dos médicos.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ilustrada – DA EFE, EM VARSÓVIA – 01/02/2012)
(Fonte: www.publico.pt/Cultura/01.02.2012 – Por AFP)