Dom Carlos Carmelo Motta, arcebispo de Aparecida, em São Paulo, e o mais velho cardeal do mundo.

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Vasconcelos Motta (Bom Jesus do Amparo (MG), 16 de julho de 1890 – Aparecida do Norte, 18 de setembro de 1982), cardeal nomeado desde 18 de fevereiro de 1946.

Dom Carlos Carmelo Motta, arcebispo de Aparecida do Norte, em São Paulo, e o mais velho cardeal do mundo. Natural de Bom Jesus do Amparo, em Minas Gerais, foi bispo de Belo Horizonte, arcebispo de São Luís do Maranhão e de São Paulo, onde se formou cardeal em 18 de fevereiro de 1946.

Destacou-se pela criação da Pontíficia Universidade Católica de São Paulo, pelo lançamento do jornal O São Paulo e pela fundação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Amigo pessoal de Juscelino Kubitschek, a pedido de quem rezou a primeira missa de Brasília em 1957, foi também responsável pela construção da basílica de Aparecida. Carmelo Motta faleceu dia 18 de setembro de 1982, aos 92 anos, de broncopneumonia, em Aparecida do Norte.
(Fonte: Veja, 24 de fevereiro de 1971 – Edição n° 129 – DATAS – Pág; 54)
(Fonte: Veja, 24 de fevereiro de 1971 – Edição n° 129 – Religião – Pág; 48 a 51)
(Fonte: Veja, 29 de setembro de 1982 – Edição n° 734 – DATAS – Pág; 115)

CARDEAL MOTTA

Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta

Sacerdote, escritor e acadêmico, nasceu na Fazenda Quinta do Lago, na paróquia de Bom Jesus do Amparo, Município de Santa Bárbara em Minas Gerais, a 15 de julho de 1890; e faleceu em Aparecida do Norte, a 18 de setembro de 1982. Filho de João de Vasconcelos Teixeira da Motta, político no Império, e de Francisca Josina dos Santos Motta.

Fez o curso de humanidades no Colégio de Matosinhos, em Congonhas do Campo, e no Seminário de Mariana. Voltando à terra natal em 1909, militou na política como Vereador à Câmara Municipal de Caeté (1909-1914), e freqüentou por um ano (1914) a FLDMG. Em 1914 já com 24 anos, ingressou no Seminário Maior de Mariana, onde se ordenou sacerdote a 29 de junho de Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta 1918, tendo sido o orador oficial de sua turma. Imediatamente tornou-se auxiliar do vigário da freguesia do Santíssimo Sacramento de Taquaraçu, (atual Taquaraçu de Minas). Em 1919, assumiu a capelania do Asilo de Órfãos da Serra da Piedade, nas vizinhanças de Caeté. Agraciado pela Santa Sé com o título de Monsenhor Camareiro Secreto do Papa em 1925, foi sucessivamente, vigário das paróquias mineiras de Caeté e Sabará e capelão do Recolhimento de Macaúbas. De fevereiro de 1928 a agosto de 1932 exerceu, em Belo Horizonte, os cargos de reitor do Seminário Coração Eucarístico de Jesus, diretor da Congregação das Irmãs Auxiliares da Piedade, tendo sido, também, capelão do Colégio Imaculada Conceição e assistente eclesiástico do Centro Dom Vital. Nomeado Bispo titular de Algiza e auxiliar do Arcebispo de Diamantina, Dom Joaquim Silvério de Sousa, permaneceu nessa arquidiocese de agosto de 1932 a dezembro de 1935, quando o papa Pio XI o designou Arcebispo Metropolitano de São Luís do Maranhão, arquidiocese que governou a partir de abril de 1936.

Em janeiro de 1941, foi transferido para São Paulo, como Arcebispo Metropolitano e, em fevereiro de 1945, eleito Cardeal Presbítero. Na Capital paulista fundou a Pontífica Universidade Católica, de que foi o primeiro Grão-Chanceler, e terminou a construção da Catedral da Sé. Em novembro de 1957, a convite do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, celebrou a primeira missa no planalto momento em que começava a ser edificada a cidade de Brasília como nova Capital da República. A pedido, foi transferido, em abril de 1964, para a Arquidiocese de Aparecida, de que já era administrador Apostólico desde sua criação e onde se dedicou à obra de construção da Basílica Nacional de Nossa Senhora Aparecida, que viria a ser consagrada pelo papa João Paulo II em julho de 1980. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil _ CNBB, e seu primeiro presidente por sete anos.

Eleito para Academia Mineira de Letras em maio de 1971 sucedeu Antônio Augusto Lima Júnior na cadeira nº 27, que tem como patrono J. Correia de Azevedo.

Além de seu pai, que foi deputado provincial, atuaram na política seu bisavô desembargador José Teixeira de Vasconcelos da Motta, Visconde de Caeté, primeiro presidente constitucional da província de Minas Gerais e patrono da cadeira nº 40 da AML; seu avô Joaquim Camilo Teixeira da Motta, Vice-Presidente da Província de Minas Gerais, e seu tio Júlio de Vasconcelos Teixeira da Motta.

Discursou no encerramento da Semana da Inconfidência em Ouro Preto, como orador oficial (21/4/1957), e na primeira missa de Brasília (3/5/1957).

No dia 3 de maio, de 1957 com a presença de mais de quinze mil pessoas, vindas de todas as regiões do País, foi realizada a primeira missa oficial em Brasília, oficiada pelo Cardeal e Arcebispo Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, que chegou ao Aeroporto de Brasília no avião presidencial, trazendo a imagem de Nossa Senhora Aparecida,

A oração de Dom Carlos Carmelo Mota, após a celebração da primeira missa, teve repercussão nacional e internacional na defesa da construção de Brasília como elemento garantidor do território físico brasileiro e das ameaças já ostensivas de internacionalização da Amazônia. O Cardeal Mota foi incisivo: “Sim, meus compatriotas brasileiros, congratulemo-nos todos porque estamos vivendo um dos três maiores acontecimentos da nossa história pátria. De fato, o descobrimento em 1500, a independência em 1822, e, na atualidade, a fundação desta nova capital metropolitana, no centro do país, são os três marcos culminantes da vida nacional”.
(Fonte: www.mottaemota.com.br)

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