Reynaldo Boury, diretor mais importante da TV brasileira, foi revolucionário, responsável por clássicos como “Irmãos Coragem” e “Selva de Pedra”, além da série “Sítio do Picapau Amarelo” na Globo

0
Powered by Rock Convert

Reynaldo Boury, diretor mais importante da

Reynaldo Boury , veterano diretor de novelas, trabalhou em várias novelas infantis.

O diretor foi responsável por novelas no SBT como “As Aventuras de Poliana” (2018), “Carrossel” (2012) e “Cúmplices de um Resgate” (2015).

Diretor que disputa com Daniel Filho o título de mais importante da TV brasileira, Boury foi revolucionário, responsável por clássicos como “Irmãos Coragem” e “Selva de Pedra”, além da série “Sítio do Picapau Amarelo” na Globo, sem esquecer os maiores sucessos da História do SBT.

Ele começou a carreira como fotógrafo, clicando atores na TV Tupi, para que pudessem se ver em cena nos teleteatros ao vivo, no começo da TV – quando ainda não havia videotape. Em pouco tempo, trocou esse emprego pelo de cameraman. Foi nessa função que assinou contrato com a TV Excelsior, onde iniciou sua trajetória atrás da câmera de “A Outra Face de Anita” (1964).

Na Excelsior, Boury participou da implantação das primeiras novelas diárias no país, virou diretor e ainda comandou a novela mais longa já exibida na TV brasileira: “Redenção” (1966), que durou 596 capítulos. Ele também assinou a segunda maior novela, ao dirigir 523 episódios de “Chiquititas” muitas décadas depois.

Com o fechamento da Excelsior, o diretor foi contratado pela Globo em 1970 e colocado à frente do projeto mais ousado da emissora até aquele momento: “Irmãos Coragem”, de Janete Clair, que marcou a teledramaturgia com sua história de aventura, romance e barbárie no garimpo, em clima de Velho Oeste. Os papéis principais, como os irmãos do título, consagraram os atores Tarcisio Meira, Claudio Marzo e Cláudio Cavalcanti.

Boury também foi responsável por “Minha Doce Namorada” (1971), que rendeu o apelido de “namoradinha do Brasil” a Regina Duarte, e “Selva de Pedra” (1972), primeira novela da História a atingir 100% de audiência, segundo medição da época.

Após a consagração no horário nobre das novelas, ele ajudou a estabelecer a faixa das 18h da Globo, assinando “Bicho do Mato” (1972) e “A Patota” (1973), respectivamente segunda e terceira novela exibidas na nova linha de programação.

Em seguida, assumiu o controle das produções das 19h, começando por “Supermanoela” (1974), que projetou Marília Pêra no papel-título, seguida pela hilária “Corrida do Ouro” (1975), que encontrou o tom de humor da faixa. Nessa pegada, fez igualmente “Chega Mais” e “Plumas & Paetês” (ambas em 1980).

O diretor também foi pioneiro da dramaturgia infantil da Globo, com o lançamento de “Shazan, Xerife & Cia.” em 1972 e principalmente do grande sucesso do “Sítio do Picapau Amarelo” em 1977.

Na Globo, ainda comandou o programa Caso Verdade (1982-1986), a premiada minissérie “O Primo Basílio” (1988) e novelas das oito famosas como “Sol de Verão” (1982), “Tieta” (1989), “Meu Bem, Mel Mal” (1990) e o remake de “Irmãos Coragem” (1995).

Apesar dessa trajetória, acabou na geladeira da emissora, de onde saiu para reinventar sua carreira com novos feitos históricos, a começar pela direção da primeira novela da TV angolana, “Minha Terra, Minha Mãe”, em 2009.

Em 2011, assinou com o SBT para comandar “Amor e Revolução”, e mais uma vez fez História, ao gravar o primeiro beijo gay de uma novela brasileira.

No ano seguinte, assumiu a direção de dramaturgia da emissora e transformou o SBT numa fábrica de sucessos infantis, assinando mais de 1,5 mil capítulos entre as produções de “Carrossel” (2012-2013), “Chiquititas” (2013-2015), “Cúmplices de um Resgate” (2015-2016) e “As Aventuras de Poliana” (2018-2020), seu último trabalho.

Intérprete de Poliana, a atriz Sophia Valverde publicou um longo texto nas redes sociais, emocionada com a morte do diretor, com quem criou uma relação muito próxima.

“Eu amava ele porque ele era um diretor incrível, uma pessoa maravilhosa, estava sempre pronto a me escutar quando eu precisasse e me ensinou muito! No nosso último encontro, que foi na pizzaria, ele me fez chorar com as palavras que disse pra mim, sempre com muito carinho, ele me orientava para tentar sempre ser uma atriz melhor”, declarou ela.

Reynaldo Boury faleceu no domingo (25/12), dia de Natal, aos 90 anos. A notícia foi anunciada por sua filha, a novelista Margareth Boury.
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/tv/noticias – TV / NOTÍCIAS/ por História por Marcel Plasse – Pipoca Moderna – 25/12/22)
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/esportes/futebol – História por Vicente Lomonaco – Bolavip Brasil – 25/12/22)

Powered by Rock Convert
Share.