Leia abaixo frases célebres do escritor Millôr Fernandes, um dos maiores jornalistas e desenhistas do Brasil.
Só louco rasga dinheiro? Bobagem. Nem louco rasga dinheiro. Experimente jogar uma nota de cinquenta reais (ou mesmo de um!) num pátio de insanos. A briga vai ser feia.
Bhundismo da semana: Menina, a caridade é mais importante do que a castidade. Dê para um desempregado.
Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.
O aumento da canalhice é o resultado da má distribuição de renda.
Nunca tantos deveram tanto a tão porcos.
Mordomia é ter tudo que o dinheiro – do contribuinte – pode comprar.
Chama-se de herói o cara que não teve tempo de fugir.
Infelicidade: Nascer com talento melódico numa época em que o pessoal só se interessa por percussão.
A gente tem que experimentar de tudo. Desde que seja de graça e não doa muito.
Calúnia na internet a gente tem que espalhar logo, porque sempre é mentira.
Repito, mais uma vez: supremo eu só conheço o de frango.
O homem é o único animal que ri. E é rindo que ele mostra o animal que é.
Em agosto, nas noites de frio, a pobreza entra pelos buracos da roupa.
Idade da razão é quando a gente faz as maiores besteiras sem ficar preocupado.
O preço da fidelidade é a eterna vigilância.
Beber é mal. Mas é muito bom.
Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos muito bem.
Nunca conheci ninguém podre de rico. Mas já vi milhares de pessoas podres de podre.
Eu sei sempre do que é que estou falando. Tirando isso não sei mais nada.
O capitalismo não perde por esperar. Em geral ganha 6% ao mês.
Quem confunde liberdade de pensamento com liberdade é porque nunca pensou em nada.
Toda lei é boa desde que seja usada legalmente.
Eu também não sou um homem livre. Mas muito poucos estiveram tão perto.
Todo homem nasce original e morre plágio.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ilustrada – 28/03/2012)