Ex-ministro-chefe da Casa Civil
Filiado ao MDB, ele foi ministro de estado nos governos de FHC, Dilma Rousseff e Michel Temer
Eliseu Lemos Padilha (Canela, Rio Grande do Sul, 23 de dezembro de 1945 – Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre, 13 de março de 2023), político, empresário e advogado, desempenhou papéis relevantes na política brasileira e ocupou postos de comando ao longo da história do país, foi ministro dos Transportes no governo de Fernando Henrique Cardoso, ministro da Aviação Civil no governo da ex-presidente Dilma Rousseff e ministro da Casa Civil de Michel Temer.
Com extenso currículo na política, Padilha passou pelo Legislativo e pelo Executivo e foi peça fundamental nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) – quando chefiou a Casa Civil, além de ter atuado como importante articulador político do governo. Ele era advogado, empresário e político. Também foi vice-presidente nacional do MDB e vice-presidente da Fundação Ulysses Guimarães.
Natural de Canela, na Serra do RS, advogado e empresário, Eliseu Padilha começou a carreira política em sua cidade natal no movimento estudantil. Em 1967, passou a morar em Tramandaí, no Litoral Norte do estado, onde se elegeu prefeito em 1989. Obteve o primeiro mandato de deputado federal em 1995, a partir de quando começa a ocupar cargos no Executivo e na direção do PMDB nacional.
Como deputado federal pelo RS, cumpriu quatro mandatos, entre os anos de 1995 e 2015.
Padilha foi ministro de estado quatro vezes, em três governos diferentes: entre 1997 e 2001, foi Ministro de Transportes de Fernando Henrique Cardoso.
Durante o governo de Dilma Rousseff, foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, cargo que cumpriu entre janeiro e dezembro de 2015. Nomeado logo no primeiro dia do segundo mandato de Dilma, Padilha acabou acumulando funções políticas ao longo de 2015, em boa medida para ajudar Temer a aprovar medidas de ajuste fiscal encomendadas pela petista. Ele pediu demissão, no entanto, logo depois que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu o pedido de impeachment.
Perto do fim do ano, Padilha sinalizou que deixaria o governo no momento em que aliados de Temer passaram a demonstrar constrangimento com a pressão do Planalto para que o vice se posicionasse contra o impeachment de Dilma. Na carta de demissão, alegou “razões pessoais”.
Na entrevista em que explicou sua saída, disse que o PMDB estava “dividido” sobre o impeachment, mas negou que seria um articulador da destituição de Dilma.
Ele foi tido como um dos articuladores do impeachment de Dilma. Braço direito de Temer, que sucedeu Dilma na Presidência da República, Padilha marcou sua atuação pela habilidade na articulação política, que incluía a construção de listas e planilhas com nomes e números dos apoios que obtinha nas negociações.
Já no governo de Michel Temer, foi Ministro-Chefe da Casa Civil entre 2016 e 2019 e ocupou interinamente o cargo de Ministro do Trabalho por cinco dias, entre 5 e 9 de julho de 2018.
Padilha faleceu na noite da segunda-feira (13), aos 77 anos. Ele fazia tratamento contra um câncer no estômago no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre.
O velório foi realizado na quarta-feira (15), no Palácio Piratini, sede do governo estadual, na capital gaúcha. Depois, o corpo foi levado para o Angelus Memorial e Crematório, para cerimônia restrita aos familiares.(Crédito: https://valor.globo.com/politica/noticia/2023/03/14 – POLÍTICA/ NOTÍCIA/ por G1, Valor – Porto Alegre – 14/03/2023)(Crédito: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica – NOTÍCIAS/ BRASIL/ POLÍTICA/ por Davi Medeiros – 14 mar 2023)(Crédito: https://br.yahoo.com/noticias – NOTÍCIAS/ por REUTERS – 14/03/2023)