Pela primeira vez Prêmio Shell de Teatro laureou uma atriz transexual

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Prêmio Shell de Teatro dá 1º troféu a atriz trans e destaca Vera Holtz

 

Após dois anos sem ser realizado em razão da pandemia, o Prêmio Shell de Teatro aconteceu na terça-feira (21) no Rio de Janeiro. A valorização da diversidade deu o tom do evento, que pela primeira vez em 35 anos laureou uma atriz transexual.

A vencedora da categoria foi Verónica Valenttino, escolhida pelo júri do Rio de Janeiro por sua atuação no musical “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”. O espetáculo conta a história da travesti Brenda Lee, figura importante da luta pelos direitos LGBTQIA+.

Quando anunciou os indicados, o prêmio já apontava o desejo de valorizar a diversidade. A lista tinha a presença de artistas trans nas categorias de atuação, com nomes como Vitória Jovem Xtravaganza e o Coletivo de Artistas Transmasculines. De acordo com a organização, são os primeiros artistas trans a serem indicados ao prêmio.

Já o júri de São Paulo deu o prêmio de melhor atriz para Vera Holtz por “Ficções”, peça idealizada com base em “Sapiens, Uma Breve História da Humanidade”, livro de Yuval Noah Harari.

Outra mudança deste ano é que a categoria Inovação foi rebatizada de “Energia que vem da gente”, em referência ao slogan da Shell no Brasil. A categoria é prevista para reconhecer a criatividade dos artistas e o impacto social positivo de ações no meio e na sociedade brasileira.

As homenageadas desta edição do Prêmio Shell foram Léa Garcia e Teuda Bara. Enquanto Garcia celebra 90 anos em 2023 com participações em montagens clássicas como a original de “Orfeu da Conceição” e “Anjo Negro”, Bara é ícone do teatro mineiro, sendo fundadora do Grupo Galpão, que festejou quarenta anos no ano passado. Veja abaixo a lista dos vencedores:

**SELEÇÃO DO JÚRI RIO DE JANEIRO**

– Dramaturgia: Marcio Abreu e Nadja Naira por “Sem Palavras”

– Direção: Renata Tavares por “Nem Todo Filho Vinga”

– Ator: Cridemar Aquino por “Joãosinho e Laíla: Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia”

– Atriz: Vera Holtz por “Ficções”

– Cenário: André Curti e Artur Luanda Ribeiro por “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”

– Figurino: Wanderley Gomes por “Vozes Negras: A Força do Canto Feminino”

– Iluminação: Alexandre O. Gomes por “A Jornada de um Herói”

– Música: Itamar Assiere pela direção musical de “Morte e Vida Severina”

– Energia que vem da gente: “Cia de Mystérios e Novidades”,

**SELEÇÃO DO JÚRI SÃO PAULO**

– Dramaturgia: Dione Carlos por “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”

– Direção: Ruy Cortez e Marina Nogaeva Tenório por “A Semente da Romã” e “As Três Irmãs”

– Ator: Clayton Nascimento por “Macacos”

– Atriz: Verónica Valenttino por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”

– Cenário: Bira Nogueira por “Meu Reino por um Cavalo”

– Figurino: João Pimenta por “F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)”

– Iluminação: Cesar Pivetti por “Brilho Eterno”

– Música: Alisson Amador, Amanda Abá, Denise Oliveira e Jennifer Cardoso pelo musical “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”

– Energia que vem da gente: “Coletivo 302”.

(Crédito: https://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias – Folha de S.Paulo / ENTRETENIMENTO/ NOTÍCIAS/ MATHEUS ROCHA – SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 22/03/23)

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