Levi Eshkol, foi o terceiro primeiro-ministro de Israel (1963-1969).

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Levi Eshkol (Oratov, 25 de outubro de 1895 – Jerusalém, 26 de fevereiro de 1969), político e estadista israelense. Foi o terceiro primeiro-ministro de Israel (1963-1969).

No seu governo de cinco anos, Levi Eshkol ficou conhecido por seu espírito de concialiação. Pouco antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, conseguiu unir seu próprio partido, o Mapai, ao Rafi de Moshe Dayan e Ben Gurion, e ao Adhut Haavoda de Yigal Allon, formando uma frente política unida de orientação trabalhista. Segundo o comentário popular em Telavive, o Primeiro-Ministro nunca tomava café ou leite separadamente: ele era o homem das médias. O próprio Levi Eshkol resumiu a necessidade de uma política flexível num país formado por tantas correntes emigratórias de países diferentes: “Se três israelenses começam a discutir política num quarto, saem dali quatro partidos políticos opostos”.

A escola da guerra – Já o seu sucessor interino, Yigal Allon, é um homem de formação militar, educado na dura escola da guerra. Aos dezessete anos comandou um setor da Haganah, organização paramilitar secreta de defesa dos interesses da então colônia israelita da Palestina. Durante a Segunda Guerra Mundial participou da invasão inglesa à Síria e ao Líbano e, em 1948, na guerra de libertação de Israel, tomou parte no levantamento do cerco de Jerusalém, na campanha do Negev e na captura de Safed. É verdade que sua política em relação às terras ocupadas por Israel depois da Guerra dos Seis Dias não difere muito da antiga orientação do Governo de Israel, mas, ao contrário de Levi Eshkol, é possível que Yigal Allon resolva coloca-la em prática sem a flexibilidade do seu antecessor. Para isso, no entanto, seria preciso que mudasse a posição atual de Primeiro-Ministro interino para Primeiro-Ministro efetivo, nas eleições de novembro de 1969.

Porta da rua – Até lá, ele tem de vencer a oposição de seu grande rival, o homem que lhe tomou o lugar no Ministério da Defesa em 1967 e se transformou no herói mais popular de Israel: o General Moshe Dayan, 53 anos. Numa das recentes viagens de inspeção à zona ocuoada por Israel, Moshe Dayan encontrou um chofer de caminhão árabe reclamando das restrições impostas à travessia da ponte Mamya, sobre o rio Jordão. O General prometeu levar o problema às autoridades competentes e ouviu a seguinte réplica: “Mas se é o senhor quem manda!” Essa observação do motorista reflete de certo modo a realidade do poder colocado nas mãos de Dayan, depois de suas vitórias militares.

Enquanto outros políticos ficam fazendo planos, o General Moshe Dayan executa. E sua ascensão a Primeiro-Ministro, em novembro de 1969, estaria garantida se não fosse a hostilidade da máquina partidária. Essa hostilidade nasceu em 1965, quando o velho líder Ben Gurion desligou-se dos companheiros do Mapai para fundar com Dayan o partido Rafi. Em 1967, com a união de vários partidos numa frente comum e a nomeação de Dayan para o Ministério da Defesa, houve uma reconciliação temporária. Mas o súbito prestígio militar do vencedor da Guerra dos Seis Dias veio inquietar a velha guarda do partido e, em junho de 1968, onze dias depois da nomeção de Yigal Allon para o cargo de Vice-Primeiro-Ministro, Moshe Dayan abandonou seu lugar na Comissão Central do partido. E abandonar o partido majoritário é uma manobra política arriscada em Israel, onde circula velha anedota sobre as agências de emprego do Governo: há uma porta reservada aos não-sócios do partido, e essa porta sempre dá diretamente de volta para a rua.

Moshe Dayan tentará possivelmente fracionar a frente governamental, retirando o apoio de seu partido, o Rafi, e procurando alianças com as treze outras organizações políticas de Israel que se estendem desde a extrema esquerda até a extrema direita. Mas a velha guarda do Mapai está atenta. Golda Meir – ex-ministro das Relações Exteriores – que governará o país de abril a novembro de 1969, é um dos sustentáculos da unidade partidária e apesar dos seus 72 anos, é possível que ela continue governando de novembro em diante.

Eram 3 horas da madrugada, em Jerusalém, quando Levi Eshkol, primeiro-ministro de Israel, sofreu mais um ataque cardíaco, aos 73 anos, e entrou em agonia. Morreu cinco horas depois, na presença da esposa e de três médicos, enquanto amanhecia no Oriente Médio no dia 26 de fevereiro. Mas a onda de boatos de guerra atinge tal nível, que essas circunstâncias de sua morte – anunciadas oficialmente por Israel – foram postas em dúvida. Dois dias antes, sua casa de campo tinha sido destruída pelos foguetes dos guerrilheiros árabes em represália ao bombardeio israelense das cidades sírias de El Hammehe e Meissaloum. Segundo a organização dos guerrilheiros – El Fatah -, Levi Eshkol morreu em consequência dos ferimentos que teria recebido lá, e não de um ataque do coração em Jerusalém. Nas capitais árabes – onde se acredita na versão do El Fatah – reinava na última semana o estado de alarma. Pela primeira vez, a cidade do Cairo – 4 milhões de habitantes – parecia temer um bombardeio e na madrugada da morte de Levi Eshkol, os carros da polícia passaram a circular com os faróis protegidos por uma camada de tinta azul.

Em Jerusalém, no entanto, a atenção foi inteiramente tomada pelo problema da sucessão. Às 11 horas da manhã de 26 de fevereiro, Yigal Allon, Vice-Primeiro-Ministro nomeado em 16 de junho de 1968, assumiu o Governo provisório de Israel, com o assentimento do seu maior inimigo político, o Ministro da Defesa, Moshe Dayan. No dia seguinte, o Mapai, partido majoritário no poder, anunciou a formação de novo Governo, dentro de um mês, chefiado pela Senhora Golda Meyr. Ela deverá governar até novembro de 1969, data das eleições parlamentares, quando será escolhido definitivamente o novo Primeiro-Ministro de Israel.

Um dos candidatos mais fortes é o próprio Primeiro-Ministro provisório, Yigal Allon, 51 anos. Sua orientação política se aproxima sensivelmente das ideias do antecessor, mas a personalidade e os métodos dos dois homens são completamente diferentes.
(Fonte: Veja, 13 de dezembro de 1978 – Edição n° 536 – ISRAEL – Pág; 44/45)
(Fonte: www.correiodopovo.com.br – ANO 117 – Nº 216 – Cronologia – 3 de maio de 2012)
(Fonte: Veja, 5 de março de 1969 – Edição n° 26 – ISRAEL/ Internacional – Pág; 50/51)

Político e estadista israelense. Foi o terceiro primeiro-ministro de Israel (1963-1969). Nasceu em um vilarejo próximo a Kiev, Ucrânia, dentro de uma família ortodoxa. Ainda jovem, aderiu ao movimento sionista e em 1914 imigrou para a Palestina. Foi um dos fundadores do kibutz Degania Bet. No início da década de 20, entrou para a Agência Judaica, órgão que dirigia a comunidade judaica na então Palestina durante o mandato britânico, e se envolveu em atividades ligadas à agricultura e defesa. Em 1934, um ano depois da posse de Adolf Hitler, viajou à Alemanha para incentivar a imigração dos judeus à então Palestina e foi responsável pela transferência de bens de integrantes da comunidade que desejavam sair do país. No início dos anos 1940, pouco antes da fundação de Israel, foi fundamental na organização da Haganá, embrião do futuro exército israelense.

Tornou-se uma das principais lideranças políticas após a criação do Estado. Em 1952, foi indicado ministro das Finanças, por David Ben Gurion. Seus conhecimentos agrícolas tornaram-no um dos principais idealizadores e consultores do Condutor Nacional de Águas de Israel (em hebraico, Movil Hamaim Haartzi), projeto que por meio de canais e bombeamento transportava água do norte para irrigação do deserto, no sul de Israel. Em 1963, Eshkol substituiu Ben Gurion como primeiro-ministro. Durante sua gestão, o país estabeleceu relações diplomáticas com a então Alemanha Ocidental, vinte anos depois do término da Segunda Guerra Mundial.

Em junho de 1967, depois do fechamento pelo Egito do Estreito de Tiran , no Mar Vermelho, à navegação israelense e da escalada da tensão com a Jordânia e a Síria, Eshkol autorizou um ataque surpresa contra esses países. Sob sua liderança, Israel obteve sua mais ampla vitória militar, na chamada Guerra dos Seis Dias. Um ano depois, mostrou-se favorável à devolução de todos os territórios conquistados, desde que os países árabes concordassem em negociar um fim ao conflito. Eshkol morreu repentinamente, com problemas no coração, em fevereiro de 1969, em meio ao seu segundo mandato. Foi substituído por Golda Meir.
(Fonte: www.conib.org.br)

14 de maio de 1948 – David Ben Gurión proclama a independência do Estado de Israel, em Tel Aviv, ao concluir o mandato britânico na Palestina. Durante a noite, tropas árabes atacam o novo Estado.
(Fonte: www.correiodopovo.com.br – ANO 117 – Nº 227 – Cronologia – 14 de maio de 2012)

5 de junho de 1967 – Tem início a Guerra dos Seis Dias, entre Israel e os estados árabes de Egito, Síria e Jordânia.
(Fonte: www.correiodopovo.com.br – ANO 117 – Nº 249 – Cronologia – 5 de junho de 2012)

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