O barítono alemão Dietrich Fischer-Dieskau foi um dos mais importantes cantores líricos do século 20
Dietrich Fischer-Dieskau, um dos maiores cantores líricos.
Fischer-Dieskau (Berlim, 28 de maio de 1925 – Berg, 18 de maio de 2012), era considerado um dos mais influentes cantores líricos do século XX
Apesar de ter terminado a carreira em 1992, a voz de Dietrich Fischer-Dieskau, tida como única, ainda hoje é lembrada. Para a história ficam as suas interpretações da obra “Viagem de Inverno” (Winterreise), de Franz Schubert (1797-1828), especialmente entre 1950 e 1980.
O barítono alemão Dietrich Fischer-Dieskau, considerado um dos mais importantes cantores líricos do século 20, que interrompeu sua carreira em 1992, é lembrado por suas interpretações de “Viagem de inverno”, um ciclo de Lierder de Franz Schubert, embora também tenha deixado gravado um impressionante repertório de ópera.
Nascido em maio de 1925, Dietrich Fischer-Dieskau chegou à música depois da II Guerra Mundial e rapidamente se tornou num dos maiores cantores da sua geração.
Antes da guerra, Fischer-Dieskau tentou mas não se conseguiu dedicar-se em pleno, uma vez que foi um soldado recruta no conflito. Em 1945 foi mesmo capturado pelos americanos em Itália, tendo estado quase dois anos preso. Numa entrevista ao The Guardian, o barítono disse uma vez que para se aguentar nesta altura pensou apenas que tinha de sobreviver. “Tens de te manter focado ou então acabas por morrer. Este foi sempre o meu pensamento”, disse Fischer-Dieskau.
Em 1962 foi convidado pelo compositor britânico Benjamin Britten (1913-1976) a interpretar a primeira apresentação de “War Requiem”, escrito para a abertura da nova Catedral de Coventry, cidade devastada na II Guerra e considerado o mais comovente manifesto pacifista do século XX.
Dietrich Fischer-Dieskau ficou famoso ainda com as suas interpretações de lieder, músicas alemãs compostas para voz e piano. O The Guardian escrever que o alemão foi “um verdadeiro gigante da ópera”, lembrando a descrição que a soprano Elisabeth Schwarzkopf uma vez fez: “Um deus nascido que tem tudo”.
Ao longo da sua carreira, Fischer-Dieskau foi uma presença regular na Casa da Ópera de Berlim, de Viena, no Covent Garden, em Londres, e Carnegie Hall, em Nova York.
Para o presidente da Academia Alemã das Artes, Klaus Staeck, a contribuição do barítono “foi fenomenal”. “As suas interpretações de alguns dos maiores papéis da história da ópera moldaram a cultura do canto”, disse o presidente em comunicado, citado pela BBC.
Em 2005, os seus 80 anos foram celebrados não apenas na Alemanha como em todo o mundo com diversas cerimónias e prémios. Chegou às lojas a sua biografia assinada por Hans Neunzig, a sua ampla discografia foi reeditada em colecções especiais e o próprio barítono deu uma série de entrevistas, a partir de sua casa em Berlim, e que foram transmitidas em directo na Internet.
O barítono alemão Dietrich Fischer-Dieskau morreu dia 18 de maio de 2012, aos 86 anos, completaria 87 anos no dia 28 de maio.
(Fonte: www.publico.pt/Cultura – CULTURA / Por PÚBLICO – 18.05.2012)
(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2012/05 – MÚSICA – NOTÍCIA / Da France Presse – 18/05/2012)
Dietrich Fischer-Dieskau (Berlim, 28 de maio de 1925 – 18 de Maio de 2012), barítono alemão, considerado um dos maiores cantores líricos do século XX.
O cantor e maestro, que interrompeu sua carreira em 1992 é lembrado por suas interpretações de “Viagem de Inverno”, um ciclo de Lierder de Franz Schubert, embora também tenha deixado gravado um impressionante repertório de ópera.
Um dos pontos mais importantes de sua carreira foi sua participação em “War Requiem”, principal trabalho do britânico Benjamin Britten, apresentado na inauguração da nova catedral de Coventry, em 1962.
Dietrich Fischer-Dieskau também foi pedagogo e escritor.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO – ILUSTRADA / da France Presse – De São Paulo – 18.05.12)