Paul Bogart, diretor responsável por vários episódios das séries As Enfermeiras e Os Defensores.

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Paul Bogart (Harlem, Nova York, 13 de novembro de 1919 – Chapel Hill, Carolina do Norte, 15 de abril de 2012), diretor de séries de TV.
Paul Bogoff nasceu em 13 de novembro de 1919, no Harlem de Nova York. Adotando o nome artístico de Paul Bogart, ele iniciou sua carreira artística em 1946, como ator e manipulador de marionetes.

Ele chegou na TV na década de 1950, quando um amigo lhe disse que a rede NBC estava contratando novos profissionais. Mentindo sobre sua educação e experiência, Bogart arranjou um emprego de assistente de diretor de cena na produção de programas de variedades.

Mais tarde, passou a atuar como assistente de diretor em programas infantis e teleteatros. Já trabalhando como diretor, ele foi responsável por vários episódios das séries As Enfermeiras e Os Defensores, com a qual ganhou seu primeiro Emmy.
Em 1996 se tornou produtor responsável da série Hawk, estrelada por Burt Reynolds, que teve apenas uma temporada.

Entre 1975 e 1979, Bogart se tornou um dos principais diretores da sitcom Tudo em Família/All in the Family, série que marcou a história da TV americana e que lhe deu seu segundo Emmy. Quando a produção sofreu mudanças no elenco e no enredo, trocando o título para Archie Bunker”s Place, Bogart se manteve como diretor até 1982.

Seu último trabalho em série foi Bagdad Cafe, versão americana para a TV do filme alemão produzido em 1987. Bogart dirigiu todos os quinze episódios produzidos para a série entre 1990 e 1991.

Ao longo de sua carreira, ele também dirigiu episódios de Agente 86, The Trials of O”Brien, Nichols, Alice, Gloria, Mama Malone e As Super Gatas. Além das séries, Bogart também dirigiu vários telefilmes e alguns filmes para o cinema, como O Céu Continua Esperando e Essa Estranha Atração, entre outros.

Em 1941 Bogart se casou com Alma Jane Gitnik, com quem teve três filhos, Peter, Tracy e Jennifer. O casal se divorciou na década de 1970.

Em 1991, Bogart foi homenageado no Festival Internationelle Programmes Audiovisuelle em Cannes, pelo conjunto de seu trabalho, tornando-se um dos poucos diretores de TV a ser reconhecido pelo Festival.
Paul Bogart faleceu no dia 15 de abril, aos 92 anos de idade.
(Fonte: http://www.veja.abril.com.br/blog – Temporadas/ Por Fernanda Furquim – 02/05/2012)

Paul Bogart, premiado diretor considerado uma das figuras-chave da televisão americana. Sua carreira de quatro décadas foi extremamente prolífica e inclui 24 telefilmes e 40 séries.

Somente para o sitcom “Tudo em Família” (All in the Family) ele dirigiu mais de 100 episódios. Seu desempenho na TV lhe rendeu 16 indicações e 5 prêmios Emmy.

Ele também dirigiu nove longas-metragens para o cinema, como “Marlowe” (1969), com Bruce Lee, “Halls of Anger” (1970), estreia de Jeff Bridges na tela grande, e “O Céu Continua Esperando” (1984), terceira parte de uma trilogia cômica.

Seu verdadeiro nome era Paul Bogoff, e nasceu no Harlem, em Nova York, em 13 de novembro de 1919. Seus pais, supersticiosos, resolveram registrar a data de nascimento como sendo 21 de novembro, já que o 13 é considerado um número que atrai azar. Quando cresceu, ele decidiu mudar também seu sobrenome para Bogart para “soar mais americano” (sua família, por sinal, já havia feito o mesmo anos antes, já que originalmente chamavam-se Bogoslavsky).

Viu seus pais divorciarem-se quando criança e, ao lado da mãe e das duas irmãs, dependia de caridade para sobreviver. Sua situação financeira nunca foi uma barreira para ele frequentar os cinemas, pois aplicava pequenos golpes para comprar os ingressos. Ao terminar a escola, não tinha dinheiro para ir à universidade e começou a trabalhar fazendo bicos. Certa vez, viu um anúncio de uma companhia contratando pessoas para trabalhar com marionetes, sem necessidade de experiência. Sem nada a perder, Bogart inscreveu-se e passou a viajar como titeriteiro.

Com o estouro da 2ª Guerra Mundial, Bogart serviu na Força Aérea dos EUA, mas voltou às marionetes em 1946, enquanto também encarava outros trabalhos, como motorista de caminhão. Um amigo deu a dica de que o canal televisivo NBC estava contratando pessoal e ele arriscou-se, mentindo sobre experiência profissional e nível de graduação. Passou no teste e no primeiro dia já foi jogado em meio a um programa televisivo ao vivo, com um fone de ouvido e instruções escassas sobre seu trabalho. Meio no improviso, meio no instinto, Bogart saiu-se bem e foi conquistando espaço nos bastidores e subindo rapidamente de cargos.

Não demorou muito e lá estava ele dirigindo, ao vivo, alguns episódios de seriados do começo da TV, como “Appointment with Adventure” (1955) e “The Kaiser Aluminum Hour” (1957). Rapidamente ganhou a confiança dos produtores e passou a trabalhar com mais frequência, dirigindo vários episódios da antologia de teleteatro “Kraft Television Theatre” (entre 1957 e 1958) e comandando seu primeiro filme, “Hansel and Gretel” (1958) – a história do conto de fadas de João e Maria –, feito para a TV.

Bogart não parou mais e virou um coringa nos bastidores televisivos, assumindo inúmeros trabalhos, seja de forma esporádica, como nos programas de teleteatro “Play of the Week” (1961) e “ABC Stage 67″ (1966), ou constante, como na série “Armstrong Circle Theatre”, na qual dirigiu mais de 30 episódios entre 1955 e 1963. Ele também assumiu a direção de alguns capítulos de “Hawk”, série estrelada por Burt Reynolds (1966), e da aclamada série criminal “The Defenders” (1961-1965), na qual conquistou seu primeiro prêmio Emmy em 1965.

Continuou agradando a audiência, a crítica e os chefões, dirigindo episódios de vários programas, entre eles da clássica série “Agente 86” (1965), pela qual foi indicado ao Emmy, e de “CBS Playhouse”, que lhe rendeu o troféu de Melhor Diretor de TV por duas vezes (em 1967 e 1970). Mas a série com a qual mais se identificou foi a sitcom “Tudo em Família”, já que ele dirigiu mais de 100 episódios entre 1975 e 1979, culminando em nova estatueta do Emmy. “Tudo em Família” ainda lhe rendeu três troféus do DGA (Directors Guild of America), o sindicato dos diretores dos EUA.

Em 1986, Bogart conquistou seu quinto e último Emmy como produtor de “As Super Gatas” (1985–1986), que ele também dirigiu. Pela carreira no audiovisual, também foi homenageado no Festival de Cannes em 1991.

Diferente de outros grandes diretores que iniciaram a carreira na televisão, caso de John Frankenheimer (“Ronin”), Sidney Lumet (“Um Dia de Cão”) e Sydney Pollack (“A Firma”) – todos já falecidos – , Bogart não investiu fortemente no cinema. Durante muito tempo ele afirmou que a TV oferecia a chance de explorar personagens com mais tempo e tranquilidade, enquanto os filmes tinham um espaço muito reduzido de tempo. Mesmo assim realizou nove longas-metragens.

Seu primeiro longa-metragem, “The Three Sisters”, baseado na peça de Anton Chekhov, foi feito em 1966, quando ele estava em plena ascensão na televisão. Seu filme mais cultuado foi “Marlowe” (1969), que ficou famoso pela cena em que Bruce Lee demonstra sua capacidade destrutiva, ao chutar um lustre no teto do escritório do lendário detetive particular, criado pelo escritor Raymond Chandler e anteriormente interpretado por Humphrey Bogart no cinema.

Em “Marlowe”, o papel de protagonista coube a James Garner, com quem o diretor voltou a trabalhar em “Skin Game” (1971), filme sobre conflito racial que misturava western e comédia. A cor da pele também foi tema de “Halls of Anger” (1970), com um Jeff Bridges em início de carreira, sobre um garoto branco que sofre o preconceito numa escola de maioria negra. O tema se provou frequente na filmografia do diretor, e voltou a aparecer em “Mr. Ricco” (1975), um dos últimos trabalhos de Dean Martin no cinema, como um advogado defendendo um militante negro acusado de assassinato.

Bogart também dirigiu continuações de filmes que fizeram sucesso. Foi o caso de “O Verão que Passou” (Class Of “44, 1973), sequência de “Verão de 42” (Summer of “42, 1971). E de “O Céu Continua Esperando” (Oh, God! You Devil, 1984), último filme da trilogia em que George Burns interpreta Deus, iniciada em “Alguém Lá em Cima Gosta de Mim” (Oh, God!, 1977) e continuada em “A Menina que Viu Deus” (Oh, God! Book II, 1980). Nenhuma das continuações do diretor fez sucesso.

Seu último longa-metragem lançado no cinema foi “Essa Estranha Atração” (Torch Song Trilogy, 1988) e seu trabalho derradeiro foi um telefilme, “Lembranças de uma Paixão” (The Heidi Chronicles, 1995), com Jamie Lee Curtis (“Halloween – A Noite do Terror”). Ele faleceu em 15 de abril na cidade de Chapel Hill, no estado americano da Carolina do Norte.

(Fonte: www.pipocamoderna.com.br – Leonardo Vinicius Jorge – 23 de abril de 2012)

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