Napoleão Moniz Freire (Rio de Janeiro, 1928 – Rio de Janeiro, 18 de novembro de 1971), ator, cenógrafo e figurinista carioca (produtor de “O Amante” e “A Coleção”, de Pinter, ator e cenógrafo em “Oh! Que Delícia de Guerra” sob direção de Ademar Guerra (1966) de Charles Chilton em colaboração com Joan Littlewood, e “O Olho Azul da Falecida”) de Joe Orton (1967).
Atua em três espetáculos do Teatro dos Sete: a consagrada e histórica montagem de estréia da companhia, com O Mambembe, de Artur Azevedo, 1959; A Profissão da Senhora Warren, de Bernard Shaw, e Com a Pulga Atrás da Orelha, de Georges Feydeau, ambos em 1960, todos com direção de Gianni Ratto. Em O Mambembe , assina também os figurinos, que lhe valem o Prêmio Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT.
É premiado como ator, com a Estatueta Padre Ventura, dos críticos independentes do Rio de Janeiro, pelo desempenho em A Profissão da Senhora Warren. É premiado pelo cenário de Lição de Botânica, de Machado de Assis (1839 – 1908), 1960, em montagem do Teatro Nacional de Comédia, TNC.
Moniz Freire faleceu dia 18 de novembro de 1971, com 43 anos, no Rio de Janeiro, de um enfarte, provocando a suspensão da peça Casa de Bonecas, de Henrik Ibsen, direção de Cecil Thiré, acumulando também a criação da cenografia, em que, no último diálogo de seu personagem, ele dizia: “Vou morrer”, e Tônia Carrero respondia: “Descanse em paz”.
(Fonte: Veja, 24 de novembro de 1971 Edição n° 168 DATAS Pág; 88)