19 de junho de 1919 – Nascimento, em Porto Alegre, de Gildo de Freitas (Leovegildo José de Freitas), cantor e compositor de música nativa, falecido na capital gaúcha, em 4 de dezembro de 1982.
(Fonte: www.correiodopovo.com.br – ANO 117 Nº 263 – Cronologia – Há um século no Correio do Povo – 19 de junho de 2012)
Biografia
Nome: Leovegildo José de Freitas.
Data de Nascimento: 19 de junho de 1919.
Local de Nascimento: Bairro do Passo d”Areia, Porto Alegre, filho de Vergílio José de Freitas e Georgínia de Freitas.
Profissão: Muitas, mas a rigor apenas uma: trovador e cantador popular.
Cronologia
1931 – Gildo foge de casa pela primeira vez, aos 12 anos.
1937 – É tido como desertor, por não ter se apresentado à convocação militar. Envolve-se na primeira briga séria, onde morre um jovem amigo. Primeira prisão. Cria ódio da polícia.
1941 – Casamento com dona Carminha. Passa a ter morada fixa no bairro de Niterói, em Canoas, Grande Porto Alegre. Continuam os contratempos com a polícia.
1944 – Nasce o primeiro filho depois de dois perdidos. Gildo começa a viajar bastante e a ser reconhecido como trovador. A polícia mantem-se em cima.
1949 – Trovador com fama ascendente em todo o Rio Grande do Sul, desaparece de casa e reaparece na fronteira gaúcha. Em longa temporada passada no Alegrete, mal consegue caminhar, com problema de paralisia nas pernas.
1950/51 – Em São Borja, conhece Getúlio Vargas e entra em sua campanha política. Param as perseguições policiais. Primeira viagem ao Rio de Janeiro.
1953/54 – Faz fama como trovador nos progamas de rádio ao vivo em Porto Alegre. Volta à viver no Passo d`Areia, com a família.
1955 – Encontro e identificação como Teixeirinha. Muitas viagens. Mudança para o bairro Passo do Feijó e abertura do primeiro bolicho.
1956/60 – Maior atração do progama Grande Rodeio Coringa dos domingos à noite. Mais viagens com Teixeirinha.
1961/62 – Declínio dos progamas de rádio ao vivo, televisão começando. Gildo resolve largar de mão a “cantoria” e inventa de criar porcos.
1963 – Viagem a São Paulo para gravar o primeiro disco.
1964 – É lançado o primeiro LP. Em meados do ano é “convidado” a prestar depoimento sobre suas ligações com o trabalhismo.
1965 – Início da célebre disputa com Teixeirinha através dos discos. Jango o convida para viver no Uruguai e ele não aceita.
1970/77 – Várias internações em hospitais, sucesso popular das gravações, muitas viagens. A “briga” com Teixeirinha chega ao auge. Mudança para Viamão.
1978 – Inaugura em Viamão a Churrascaria Gildo de Freitas e dá início aos bailões.
1982 – Grava o último disco, para a mesma gravadora dos outros todos, Continental. Última internação em hospital, últimas aparições públicas em programas de TV. Morte em 4 de dezembro.
PS: A Lei Estadual RS 8.819/89 que rege sobre o “Dia do Poeta Repentista Gaúcho” anota o falecimento de Gildo como 04 de dezembro de 1982.
Fonte:
Fonseca, Juarez (1985). Gildo de Freitas: Coleção Esses Gaúchos. Porto Alegre, RS: Editora Tchê.
Observações: O A Lei Estadual que te referes não é nº 8819 e sim 8814, de 10 de janeiro de 1989, cujo Projeto de Lei foi de autoria do então Deputado Joaquim Moncks e justificativa com mais de vinte folhas, de minha autoria.
Esta Lei, “Fixa o dia 4 de dezembro como o “DIA DO POETA REPENTISTA GAÚCHO e do ARTISTA REGIONAL GAÚCHO”, no Estado do Rio Grande do Sul. Consagra como patronos respectivamente Gildo de Freitas e Teixeirinha, pois ambos morreram em 4 de dezembro, o Gildo em 1982 e o Teixeirinha em 1985.
Sendo o que tenho para o momento, espero ter colaborado com o amigo. Um abraço do Paulo Roberto de FRAGA CIRNE.
Nota do Cohen: As correções acima foram enviadas para mim pelo comandante Paulo Roberto de Fraga Cirne em 12 de setembro de 2007, pelo qual sou muito grato e também todos os visitantes. Não modifiquei as datas pois elas são oriundas do livro do Juarez e me sentiria mal fazendo correção diretamente sobre o texto de origem. Mas fica a sábia observação do mestre Fraga Cirne.
(Fonte: www.paginadogaucho.com.br)