Jamie Reid, artista do Sex Pistols e referência do punk
Artista foi responsável por capas icônicas do Sex Pistols
Capa do álbum “God Save The Queen”, lançado em 1977 — Foto: Reprodução
Lenda do punk, Reid é criador da arte de ‘God Save The Queen’ e outras ilustrações que marcaram a carreira da banda britânica.
Jamie Reid (Londres, 16 de janeiro de 1947 – Liverpool, 8 de agosto de 2023), designer gráfico responsável pela produção de artes icônicas da banda Sex Pistols, artista assinou artes icônicas do Sex Pistols e foi grande nome do punk.
O artista ganhou relevância nos anos de 1970, logo a criação da arte de “God Save the Queen”, um dos maiores hits do Sex Pistols. Além disso, ele também é autor da arte do álbum em que a música está presente, “Never Mind the Bollocks Here’s the Sex Pistols” (1977).
Reid se destacou por trabalhos pelo estilo de colagem, se tornando uma marca do punk e de referência da própria banda Sex Pistols.
Ícone da cena punk, o artista criou, entre outras artes, a ilustração para o hit “God Save The Queen”, lançado no final da década de 1970.
A capa nas cores rosa e amarela do álbum “Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols” (1977) e a moldura quebrada que representa o disco “Pretty Vacant” (1977) estão na lista de produções do artista para o Sex Pistol.
Suas criações, que usavam a técnica artística da decollage, se tornaram sinônimo do movimento punk da época e está muito vinculada ao estilo e ao som da banda britânica.
Foi criador da estética punk
O artista e designer gráfico responsável por criar a estética punk, foi responsável por algumas das imagens mais icônicas do movimento punk, com obras associadas à banda Sex Pistols. Reid deixa um legado enorme e inspirador, marcado por uma carreira que desafiou e redefiniu os padrões visuais da arte e da música.
Impacto no movimento punk
Nascido em Londres em 1947, Jamie Reid se matriculou na Wimbledon Art School aos 16 anos, mudando-se posteriormente para a Croydon Art School. Foi lá que conheceu o futuro empresário dos Sex Pistols, Malcolm McLaren.
Reid ficou conhecido após ser convencido por McLaren a criar as capas dos discos dos Sex Pistols, incluindo a arte do icônico álbum “Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols”, bem como dos famosos singles “God Save the Queen”, “Pretty Vacant” e “Holidays in the Sun”. A icônica capa de “God Save the Queen” com a imagem de Elizabeth II desfigurada por Reid tornou-se uma de suas artes mais conhecidas, causando controvérsia na Inglaterra pelo desrespeito à rainha.
Reid criou ainda o pôster do single “Anarchy in the UK”, com uma bandeira britânica rasgada, imagem que definiu status in da era punk.
Dos fanzines para os museus de arte
Seu estilo de colagem e a abordagem inovadora foi desenvolvimento na Suburban Press, uma publicação contracultural que ele iniciou em 1970. As letras incluídas em suas obras imitavam recortes de palavras de revistas, ao estilo de notas de resgate anônimas, enviadas por sequestradores. A estética inspirou uma geração inteira de artistas, designers e fanzineiros.
Anos depois, o que chegou a ser considerado trabalho de “arteiro” acabou ganhando exposições em instituições renomadas como a Tate Britain, o Museu de Arte Moderna de Nova York e o Museu de Belas Artes de Houston.
Outros trabalhos
Além de suas famosas colagens, Reid também produziu centenas de pinturas abstratas.
Nos anos mais recentes, colaborou com Shepard Fairey, famoso pela imagem “Hope” de Obama, e apoiou movimentos como Occupy e a banda Pussy Riot. Em 2017, criou outra versão famosa da sua obra “God Save the Queen” com Donald Trump, intitulada “God Save Us All”.
Jamie Reid faleceu aos 76 anos na quarta-feira (8), de acordo com informações do site Louder Than War.
Em uma rede social, o escritor Jon Savage, responsável por trabalhar com Reid em um livro de 1987, chamado “Up They Rise: Incomplete Works of Jamie Reid”, lamentou a morte do artista. “Descanse em paz, Jamie Reid, mais conhecido como o designer da era clássica dos Sex Pistols de 1976-1979. Sua capacidade de renderizar ideias complexas em visuais atraentes foi o acompanhamento perfeito. Ele e eu fizemos um livro juntos em 1987: é bom.”
Segundo o jornal The Guardian, um comunicado em nome da família de Reid cita o artista como “anarquista, punk, hippie, rebelde e romântico. Jamie deixa para sua filha amada, Rowan, a neta, Rose, e um enorme legado”.
(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Folha de S.Paulo/ NOTÍCIAS/ BRASIL/ RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – 09/08/23)
(Créditos autorais: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2023/08/09 – POP & ARTE/ NOTÍCIA/ Por g1 – 09/08/2023)
(Créditos autorais: https://www.msn.com/pt-br/entretenimento/noticias – Pipoca Moderna/ ENTRETENIMENTO/ NOTÍCIAS/ História por Marcel Plasse – 09/08/2023)