Maria Lúcia Petit (Agudos, 20 de março de 1950 – Xambioá, 16 de junho de 1972), heroína nacional, professora primária, guerrilheira e militante do Partido Comunista do Brasil (PC do B). Maria Lúcia começou a militância no movimento estudantil em São Paulo, onde morava na juventude. Mais tarde, decidiu aderir à luta armada ao lado dos irmãos e seguiu para o Araguaia.
Nascida em Agudos (a 313 km de São Paulo), a guerrilheira foi morta aos 22 anos, em junho de 1972. De acordo com dossiê do grupo Tortura Nunca Mais, foi fuzilada por tropas do Exército ao aproximar-se da casa de um camponês, onde buscaria alimentos. Militantes que estavam na retaguarda ouviram os tiros.
Maria Lúcia Petit da Silva foi morta na primeira etapa da repressão à guerrilha do Araguaia (1972-1975).
Os restos mortais de Maria Lúcia foram reconhecidos em 1996 pela equipe do legista Badan Palhares, na Unicamp. Ela foi a primeira vítima da guerrilha do Araguaia a ter a ossada encontrada, identificada e entregue aos familiares. O enterro foi em Bauru (SP), onde morava a mãe da militante. Maria Lúcia desapareceu em 16 de junho de 1972, na região do Araguaia, Pará.
Dois irmãos dela, Lúcio e Jaime Petit, também guerrilheiros do Araguaia, continuam desaparecidos. A busca pelos restos mortais marca a vida da família.
A professora aposentada Laura Petit, irmã dos três guerrilheiros, defende a abertura dos arquivos secretos das Forças Armadas. A Comissão da Verdade, recém-instalada pela presidente Dilma Rousseff, é uma esperança, diz ela.
A mãe dos três guerrilheiros, a costureira Julieta Petit, morreu em 2007, aos 86 anos, sem conseguir enterrar dois dos três filhos desaparecidos.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/poder – COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BAURU 27 de junho de 2012)