Atleta se consagra como mais rápida de todos os tempos
Velocista norte-americana, dona dos recordes mundiais dos 100m e 200 m rasos, obteve três ouros em Seul-88
Florence Griffith Joyner, foi recordista mundial dos 100 m e 200 m rasos e três medalhas de ouro em Seul-88.
Florence Griffith-Joyner (Los Angeles, Califórnia, 21 de dezembro de 1959 – Mission Viejo, Califórnia, 21 de setembro de 1998), velocista norte-americana mais conhecida do Flo Jo, era atleta especializada em provas de velocidade. A americana ganhou diversas medalhas olímpicas e bateu os recordes dos 100 m e 200 m rasos, que ainda se mantêm.
Estreou em Olimpíada nos Jogos de Los Angeles, em 1984. Com 25 anos, a velocista conseguiu chamar a atenção do público não só por sua primeira medalha olímpica, uma prata nos 200 m, mas também por suas cumpridas e coloridas unhas, que marcariam sua imagem ao longo de toda sua carreira.
Florence Griffith Joyner ocupou o cargo de co-presidente do Conselho de Educação Física, órgão criado para desenvolvimento do esporte nos EUA.
A corredora era casada com Al Joyner, campeão olímpico em Los Angeles-84 do salto triplo, e cunhada da seis vezes medalhista olímpica e recordista mundial do heptatlo, Jackie Joyner-Kersee.
Após o vice-campeonato olímpica em Los Angeles-84 nos 200 m, Florence abandonou as pistas.
O retorno aconteceu no Mundial-87, em Roma, onde também conseguiu a medalha de prata.
Nas seletivas norte-americanas para a Olimpíada de Seul-88, a corredora começou a despertar a atenção do mundo.
Em 16 de julho de 1988, Florence correu os 100 m rasos com um uniforme desenhado por ela mesma, aderente ao corpo e que cobria apenas uma das pernas, e quebrou o recorde mundial.
A velocista cravou 10s49. A marca anterior pertencia à Evelyn Ashford, com 10s76. Até então, o melhor tempo da carreira de Florence era 10s89.
A marca também surpreendeu pelo fato de ser 27 centésimos abaixo da marca anterior. Desde 1968, a maior queda do recorde mundial era de 13 centésimos.
Na mesma competição, Florence correu os 200 m rasos em 20s77 e ficou a seis centésimos do recorde das alemães orientais Marita Koch e Hieke Dreschler.
Na Olimpíada de Seul-88, a atleta atingiu o auge: venceu três provas -os 100 m, os 200 m rasos e o revezamento 4 x 100 m rasos- e foi prata nos 4 x 400 m rasos.
Nos Jogos Olímpicos de 1988, em Seul, a norte-americana conquistou mais quatro medalhas: uma de prata no revezamento 4×400 m, e três de ouro: nos 100 m e 200 m (batendo o recorde mundial com 21s34), e no revezamento 4×100 m.
Nos 200 m rasos, ela chegou a quebrar o recorde mundial duas vezes em um período de uma hora e meia. Nas semifinais, marcou 21s56 e na final, estabeleceu 21s34.
Na mesma competição em que o velocista canadense Ben Jonhson foi suspenso por quatro anos devido ao uso de esteróides anabolizantes, caiu sobre Florence Griffith Joyner a suspeita do doping.
O desempenho em Seul valeu a Florence o prêmio de melhor esportista norte-americana de 88.
Em fevereiro de 89, apenas cinco meses após brilhar na Olimpíada, a atleta anunciou sua decisão de abandonar as pistas e se dedicar as carreiras de atriz e escritora.
Em 1996, Florence Griffith Joyner tentou voltar às pistas para disputar a Olimpíada de Atlanta, mas uma contusão no tendão de Aquiles da perna direita atrapalhou seus planos.
“Foi muito duro. Treinei muito e nunca tive problemas no tendão de Aquiles. Meu marido disse que estou ficando velha”, afirmou na época a corredora.
Florence Griffith-Joyner morreu com 38 anos após uma asfixia acidental durante um ataque de epilepsia. Sua morte inesperada trouxe à tona as suspeitas de dopagem. Os tempos obtidos pela atleta são considerados surreais, tanto que até hoje, com toda tecnologia, novos treinamentos e técnicas, nenhuma atleta consegue chegar perto de suas marcas.
(Fonte: http://www.terra.com.br/esportes/jogos-olimpicos – Grandes momentos olímpicos – 14/07/12)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/esporte/fk22099813 – FOLHA DE S.PAULO – ESPORTE – ATLETISMO – das agências internacionais – 22 de setembro de 1998)
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