Fayga Ostrower foi uma das artistas mais conceituadas do Brasil, com obras em museus da Europa e dos EUA
Fayga Perla Ostrower (Lodz, 14 de setembro de 1920 Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2001), artista plástica brasileira nascida na Polônia. Atuou como gravadora, pintora, desenhista, ilustradora, teórica da arte e professora.
Além de uma obra respeitável, seu maior legado foi uma técnica pessoal que valorizava os mínimos gestos, transformados em pontos determinantes da existência artística. Nascida em Lodz, na Polônia, em 1920, filha de família judia, ela chegou ao Brasil em 1934, naturalizando-se em seguida. Começou os estudos artísticos na década de 40, quando se identificou com o expressionismo, forma que lhe permitiu exercitar sua crítica à condição social dos menos favorecidos.
Na década seguinte, interessou-se pelo abstracionismo, no momento em que defender a nova forma significava lutar pela modernização das artes plásticas. Sua dedicação garantiu-lhe o Prêmio Nacional de Gravura na Bienal de São Paulo, em 1957, o que atraiu a atenção especialmente da crítica internacional.
No ano seguinte, foi premiada em Veneza, época em que já ensaiava deixar o branco-e-preto e aderir aos trabalhos coloridos, que expandiram sua criação. Depois da Itália, expôs na Alemanha, Estados Unidos Argentina, Inglaterra, Espanha e União Soviética. Ao mesmo tempo em que consolidava seu estilo criativo, Fayga Ostrower dedicava-se com afinco ao ensino das artes.
Seu método, porém, não se limitava à simples transmissão de informação, mas procurava desenvolver e incitar a criação de um olhar crítico. Decidida a democratizar a linguagem artística, chegou a dar aulas para operários de uma fábrica carioca. Fayga escreveu ainda livros sobre a história da arte, em que percorreu da pré-história até o século 20.
De família judia, Fayga Perla Krakowski viveu na Alemanha quando mudou-se para a Bélgica e emigrar para o Brasil em 1934. Casou-se em 1941 com o historiador Heinz Ostrower, com quem teve dois filhos, Carl Robert e Anna Leonor (Noni).
Cursou Artes Gráficas na Fundação Getúlio Vargas, em 1947, onde estudou xilogravura com o austríaco Axl Leskoscheck e gravura em metal com Carlos Oswald, entre outros. Em 1955, viajou por um ano para Nova York com uma Bolsa de estudos da Fundação Fullbright.
A obra de Paul Cezanne exerceu grande fascínio, e contribuiu para adotar o estilo abstrato, causando reação dos críticos e colegas.
Realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Seus trabalhos se encontram nos principais museus brasileiros, da Europa e das Américas. Recebeu numerosos prêmios, entre os quais, o Grande Prêmio Nacional de Gravura da Bienal de São Paulo (1957) e o Grande Prêmio Internacional da Bienal de Veneza (1958); nos anos seguintes, o Grande Prêmio nas bienais de Florença, Buenos Aires, México, Venezuela e outros.
Entre os anos de 1954 e 1970, desenvolveu atividades docentes na disciplina de Composição e Análise Crítica no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No decorrer da década de 1960, lecionou no Spellman College, em Atlanta, EUA; na Slade School da Universidade de Londres, Inglaterra, e, posteriormente, como professora de pós-graduação, em várias universidades brasileiras. Durante estes anos desenvolveu também cursos para operários e centros comunitários, visando a divulgação da arte. Proferiu palestras em inúmeras universidades e instituições culturais no Brasil e no exterior.
(Fonte: http://www.fnt.org.br/ensaios – Fundação Nogueira Tapety – 20/02/2012)
(Fonte: Veja, 8 de fevereiro de 1978 Edição 492 LITERATURA/MEMÓRIA Pág; 30)
Colaboração de Lilian Newlands, escritora e jornalista.
(Fonte: http://www.cultura.rj.gov.br/artigos – Visconde Pirajá 487, As Domingueiras do Aníbal reconstitui reuniões memoráveis na casa do escritor – 26.09.2011)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS – GERAL – CULTURA/ Por Agencia Estado, 14 Setembro 2001)
(Fonte: Veja, 6 de outubro de 1971 – Edição 161 – ARTE – Pág: 94)