Lewis Latimer: o inventor da atual lâmpada elétrica
Um personagem esquecido pela história
Em sua nova função, Latimer foi contratado por Alexander Graham Bell, na década de 1870, para desenhar sua mais nova invenção, o telefone. Na corrida para registrar o seu pedido de patente, o escocês jamais teria conseguido se tornar o “pai do telefone” se não fosse a disposição do jovem desenhista em fazer longos serões para concluir o trabalho.
Já a controversa parceria com Thomas Edison aconteceu na década seguinte, quando Latimer trabalhava para a US Electric Lighting Company no Brooklyn. Enquanto desenvolvia projetos de lâmpadas e luminárias, o desenhista teve uma ideia para aprimorar o filamento de bambu da lâmpada original de Edison, substituindo-o por outro de carbono e papelão, que era bem mais durável.
Em setembro de 1881, Latimer patenteou sua invenção, que representou um avanço significativo na produção da lâmpada incandescente e a disseminação da luz elétrica no mundo. Além disso, as lâmpadas elétricas logo se popularizaram nas residências. Em seguida, o inventor patenteou o primeiro banheiro para vagões ferroviários e uma versão inaugural de um aparelho de ar condicionado.
Os últimos anos (produtivos) de Lewis Latimer
Em 1918, Latimer se tornou o único membro negro dos Edison Pioneers, um grupo de pesquisadores que trabalharam diretamente com Thomas Edison. Ele continuou atuando na convergência entre invenções, patentes e desenho, até se aposentar em 1922.
Tendo mais tempo para se dedicar a si mesmo, à esposa Mary Wilson e às duas filhas, o ex-inventor decidiu abraçar outra de suas vocações: a arte. Além de escrever peças e poemas, tocou violino e flauta. Pouco antes de sua morte, em dezembro de 1928, suas filhas publicaram um livro com as poesias dele.
Embora muitos de seus feitos como consultor de patentes, autor, engenheiro, desenhista e marinheiro possam ter se perdido através dos tempos, o brilho de Lewis Howard Latimer continua presente nos filamentos de cada lâmpada elétrica que se acende no mundo.