Primeira negra procuradora-geral de SP cobra pressa por equidade sem ‘eu contra eles’

Inês Coimbra trabalha por diagnóstico racial e cotas na advocacia pública e vê diversidade como ativo

A procuradora-geral do Estado de São Paulo, Inês Coimbra, em seu gabinete. (CRÉDITO DA FOTOGRAFIA: JARDIEL CARVALHO/FOLHAPRESS)

 

Inês Coimbra, a primeira pessoa negra procuradora-geral de SP.

É a primeira pessoa negra e quinta mulher à frente da Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo. Mestre em Direito do Estado pela PUC-SP e especialista em Direito processual civil e direito administrativo pela mesma instituição, fez graduação em direito pela União das Escolas de Ensino Superior Capixaba (1999).

Foram necessários quase 75 anos para a procuradoria-geral de São Paulo, no maior estado do país, estivesse sob o comando de uma pessoa negra.

Desde que assumiu a Procuradoria, órgão que tem como principal função a advocacia do estado, seu desafio tem sido dar transparência aos dados raciais da instituição, esbarrando na necessidade de um recadastramento e de formação dos servidores.

Nomeada em 2022 pelo então governador Rodrigo Garcia (PSDB) e reconduzida por Tarcísio de Freitas (Republicanos), filha de uma mãe solo trabalhadora d creche, de origem negra e simples que se envolveu com o pai, filho de diplomata, Inês foi educada com a ajuda dos avós maternos. Tinha 13 anos quando o pai faleceu.

Inês chegou a São Paulo com pouco mais de 20 anos, aconselhada por uma colega de faculdade sobre as oportunidades na cidade. Concluiu a primeira especialização na PUC-SP em processo cível com auxílio de uma bolsa, prestou concurso para a Procuradoria e se encontrou nos estudos sobre direito público.

Começou como atendente na Defensoria Pública, até então parte da Procuradoria do estado. Na Vara da Infância e Juventude se deparou com mulheres que recorreram ao Estado buscando políticas públicas por se verem sozinhas na criação dos filhos.

(Créditos autorais: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/11 – Folha de S.Paulo/ PODER/ por Géssica Brandino/ Folhapress – 19.nov.2023)

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