Paiva Brasil, artista plástico, foi integrante da primeira geração construtiva do país, ao lado de nomes como Ivan Serpa, Rubem Ludolf e Waldemar Cordeiro

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Artista plástico campista

Pintor era nome da primeira geração da abstração geométrica no país

Ele era reconhecido como um dos principais nomes da geometria e da arte abstrata do país

O artista plástico Paiva Brasil, em 2019. (Crédito da fotografia: Cortesia © Copyright All Rights Reserved/Leo Martins/Agência O Globo/ REPRODUÇÃO/ TODOS OS DIREITOS RESERVADOS)

 

 

José Brasil de Paiva (nasceu em Campos dos Goytacazes, em 8 de agosto de 1930 – faleceu em Rio de Janeiro, em 22 de abril de 2022), pintor, artista plástico campista de renome nacional, foi nome marcante da arte abstrata no Brasil.

Com 70 anos de carreira, Paiva Brasil consagrou-se como um dos principais nomes da geometria e da arte abstrata do país. Por diversas vezes fez exposições do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), assim como em São Paulo e também nos Estados Unidos e na União Europeia. Em Campos, uma coleção de amigos e admiradores, como o também artista plástico Genilson Paes Soares.

Integrante da primeira geração construtiva do país, ao lado de nomes como Ivan Serpa, Rubem Ludolf e Waldemar Cordeiro, Paiva Brasil nunca se filiou a correntes concretas ou neoconcretas, ou a grupos como o Ruptura e o Frente. De forma independente, desenvolveu uma linguagem abstrato-geométrica a partir de meados da década de 1950.

Nascido em 8 de agosto de 1930 em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, Paiva Brasil mudou-se em 1942 para o Rio, onde iniciou seus estudos de desenho no antigo Liceu de Artes e Ofícios. Em 1954, teve aulas com Santa Rosa e Sanson Flexor no MAM-RJ (que, à época, era sediado no Palácio Capanema), onde fez parte da III Salão Nacional de Arte Moderna, que ficaria conhecido como Salão Preto e Branco.

Como funcionário público, organizou o histórico Salão de Natureza Morta do SAPS (Serviço de Alimentação da Previdência Social), órgão criado pelo médico e geógrafo pernambucano Josué de Castro que sediou o primeiro restaurante popular do país. Já no Ministério da Educação, em plena ditadura militar, levou obras de artistas como Djanira, Inimá de Paiva e Di Cavalcanti para cidades do interior do Rio ao organizar as Exposições Itinerantes.

Sua última exposição “Percurso”, no Paço Imperial, em 2019, com curadoria de Luiz Chrysóstomo de Oliveira Filho, fazia um mergulho na obsessão do artista pelo número 5, conciliador de retas e curvas, linhas e espaços. “A matemática que existe no meu trabalho é música, vem da composição sensível de cores e formas. Minha pintura é extremamente musical”, dise Paiva em entrevista à jornalista Daniela Name, para O GLOBO, na ocasião.

Paiva Brasil faleceu na manhã da sexta-feira (22), aos 91 anos, no Hospital Casa Rio Botafogo, na Zona Sul do Rio, por complicações decorrentes da Covid-19. A informação foi confirmada pelo marido, o também artista plástico Wilson Piran.

Curador da retrospectiva, Luiz Chrysostomo de Oliveira Filho diz que Paiva tinha uma produção contida e muito reflexiva:

— Em 70 anos de trajetória, era um artista que nunca visou o espetáculo. Ele produziu o belo, o lúdico, a essência.

(Créditos autorais: https://j3news.com/2022/04/22 – COLUNA DO BALBI/ POR COLUNA DO BALBI – 22 DE ABRIL DE 2022)

(Créditos autorais: https://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais/noticia/2022/04 – O Globo/ Cultura / Artes visuais/ – 22/04/2022)

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