Gutiérrez Menoyo, ex-guerrilheiro e opositor cubano comandante revolucionário que enfrentou Fidel Castro
Eloy Gutiérrez Menoyo (Madri, Espanha, 8 de dezembro de 1934 – Havana, 26 de outubro de 2012), dissidente e ex-guerrilheiro de Cuba, comandante da Revolução Cubana que enfrentou Fidel Castro e se tornou um de seus maiores opositores. Ele lutou ao lado de Fidel Castro, mas abandonou o país em 1961.
Nascido em Madri, em 8 de dezembro de 1934, foi filho de um médico antifranquista e comandante republicano na Guerra Civil espanhola, na qual morreu seu irmão José Antonio. Após exilar-se na França, em 1948 se transferiu com sua família a Cuba, onde começou sua participação na vida política em 1957 contra a ditadura de Fulgencio Batista.
Na luta guerrilheira contra Batista, o jovem Eloy criou e dirigiu a II Frente Nacional do Escambray e foi um dos guerrilheiros que entrou triunfante em Havana em janeiro de 1959. Obteve a nacionalidade cubana e o grau de comandante, mas em janeiro de 1961, contrário à linha marcada por Fidel Castro, abandonou Cuba em uma balsa rumo à Flórida.
Eloy Gutiérrez Menoyo, ex-comandante guerrilheiro e líder anticastrista, foi o único opositor cubano que dialogou com Fidel Castro.
Ele teve grau de comandante das forças guerrilheiras de Fidel Castro na luta contra a ditadura de Fulgêncio Batista (1952-58), mas abandonou Cuba em 1961 por discrepâncias em relação ao rumo marxista-leninista adotado pela revolução e se exilou em Miami, onde se incorporou a grupos anticastristas.
Se uniu então ao movimento anticastrista Alpha 66 e retornou clandestinamente à ilha para organizar um movimento armado contra Fidel, mas foi capturado, acusado de espionagem e subversão e condenado à morte, pena que finalmente foi comutada por 30 anos de prisão.
Foi libertado em 1986 graças às gestões do então presidente espanhol Felipe González e pouco depois se transferiu a Miami, onde fundou no início dos anos 90 o grupo opositor moderado Mudança Cubana, defensor do diálogo com o regime cubano para conseguir uma transição pacífica à democracia no país.
Em 1964, desembarcou à frente de um grupo armado na ilha, mas foi preso e condenado a 30 anos de prisão, dos quais cumpriu 22. Libertado em 1986 por mediação do então presidente do governo socialista espanhol, Felipe González, foi novamente para o exílio e se reuniu algumas vezes com Fidel Castro.
Em 2003, durante férias na ilha, Menoyo surpreendeu tanto o governo como a oposição interna e o exílio ao anunciar que não voltaria a Miami, o que lhe valeu críticas de anticastristas.
Desde 1995 visitou várias vezes a ilha, onde inclusive reencontrou Fidel Castro, com que conversou reservadamente por horas. Decidiu fixar sua residência em Havana em 2003. Nestes últimos anos manteve uma discreta atividade dentro do movimento opositor na ilha, que paulatinamente enfraqueceu até tornar-se nula nos últimos tempos, devido ao seu precário estado de saúde.
Eloy Gutiérrez Menoyo morreu dia 26 de outubro de 2012, no Hospital Clínico Cirúrgico Irmãos Ameijeiras, em Havana, aos 77 anos, por causa de um aneurisma. Gutiérrez Menoyo, que estava quase surdo e cego, vivia desde que voltou a Cuba em 2003 sob tolerância das autoridades.
“Menoyo estava muito doente há algum tempo declarou o opositor Elizardo Sánchez, que dirige a ilegal, mas tolerada Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.
(Fonte: https://noticias.r7.com/internacional – INTERNACIONAL / por EFE – Havana (EFE) – 26/10/2012)
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(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/10 – MUNDO / Da AFP – 26/10/2012)
(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/mundo/america-latina – MUNDO – AMÉRICA LATINA – 26 OUT 2012)
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