Friedrich Hölderlin (20 de março de 1770 7 de junho de 1843), poeta lírico e romancista alemão, autor de Hipérion, entre outras obras. Em 1788 iniciou seus estudos em Teologia na Universidade de Tübingen, como bolsista. Lá conheceu Hegel e Schelling, que mais tarde se tornariam seus amigos. Devido aos recursos limitados da família e de sua recusa em seguir uma carreira clerical, Hölderlin trabalhou como um tutor para crianças de famílias ricas.
Em 1794, freqüentou a Universidade de Jena, a fim de ouvir as palestras de Fichte. Lá ele conheceu Johann Wolfgang von Goethe, Friedrich Schiller, Johann Gottlieb Fichte, Friedrich Von Hardenberg (Novalis) e Isaac Sinclair. Em junho de 1795 ele abandonou a cidade universitária e retornou a Nürtingen.
Dedicou-se ao trabalho das traduções de Sófocles e Píndaro.
Seus primeiros poemas são geralmente hinos que versam acerca de objetos abstratos. Mais tarde trabalhou com as formas antigas da ode e da elegia. Em particular, as odes são marcadas pelo domínio completo de um formulário métrico difícil. Dos grandes poemas de sua fase madura, alguns são escritos em forma de elegias, outros contemplam o verso livre. Ocasionalmente é possível encontrar outras formas, como o hino em hexâmetro, um exemplo é a obra chamada O Arquipélago.
A compreensão de Hölderlin acerca da cultura grega antiga, tal como expresso em suas cartas a Casimir Ulrich Boehlendorff e de suas observações sobre a tradução tardia de Sófocles, é diferente da imagem ideal de muitos de seus contemporâneos, já que Hölderlin enfatiza as características anticlássicas da cultura grega. Já no início de seu romance epistolar Hyperion, Hölderlin representa a sua ideia de destino trágico, como ele a concebia, ou seja, a partir de sua percepção da cultura grega clássica.
A poesia de Hölderlin, que hoje é considerada de grande destaque dentro dos estudos germânicos, permaneceu desconhecida até a metade do século XIX. Ele não foi reconhecido entre os escritores de sua época, permanecendo desconhecido mesmo após sua morte. Para os seus contemporâneos, Hölderlin era um jovem romântico e melancólico, mero imitador de Schiller. O grande reconhecimento veio mais tarde.
A incompreensão do público e da crítica levou à estabilização do entendimento de sua obra como a de um admirador dos gregos que não atingiu a serenidade de Goethe e Schiller, a de um romântico juvenil e de um poeta patriótico. Hölderlin, poeta do sagrado, descobrindo na Grécia antiga o lado dionisíaco, que foi ignorado por Goethe e exaltado por Nietzsche, é hoje de grande expressividade na poesia alemã, alcançando notoriedade mundial.
(Fonte: http://www.caras.uol.com.br – 3 de dezembro de 2009 – EDIÇÃO 839 – Citações)
(Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich)