Clóvis Garcia (Taquaritinga SP 1921 – São Paulo, 29 de outubro de 2012), cenógrafo, crítico, professor e pesquisador de teatro, cinema e televisão.
Fosse como cenógrafo, crítico ou professor e pesquisador, deixou as marcas de sua liderança em pelo menos três gerações de artistas da cena. Nos anos 1950, jovem advogado e amador no teatro, como ator e cenógrafo, fundou a Federação Paulista de Amadores Teatrais. Criou dezenas de cenografias, incluindo-se uma para Três Anjos sem Asas, montagem dirigida por Sergio Cardoso em 1957.
Entre 1951 e 1958, assinou coluna de crítica teatral na então prestigiada revista O Cruzeiro, e, em 1972, no jornal o Estado de S. Paulo, praticamente inventou a crítica de teatro infanto-juvenil, que produziria até 1990.
Em 1969, participou da fundação da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, onde se tornaria professor emérito em 1999.
Foi no Departamento de Artes Cênicas, em que lecionou, mesmo aposentado, até 2010, que Garcia depositou seus melhores esforços, tornando-se referencial para todos os que por lá passaram nos últimos 40 anos.
Era um especialista no teatro medieval profano francês e, até recentemente, entusiasmava-se com novas descobertas sobre os dramas satíricos de Sófocles.
Garcia foi um desbravador. O maior legado, talvez, seja o exemplo de elegância e generosidade no ensinar.
Clóvis Garcia morreu dia 29 de outubro de 2012, aos 91 anos, de sofria de pneumonia, em São Paulo.
(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – Edição n° 17.191 – MEMÓRIA – 31 de outubro de 2012 – Pág; 45)
Ele também foi crítico do “Estado” e um dos fundadores da Federação Paulista de Amadores Teatrais
O professor de teatro Clóvis Garcia foi crítico de teatro do Estado entre 1972 e 1986, e também colaborou por dez anos no Jornal da Tarde.
Além de trabalhar com crítica de teatro, Garcia foi cenógrafo, figurinista e ator. Ele fundou o Grupo de Teatro Amador (GTA) em 1950 e participou de montagens como Arsênico e Alfazema, A Sapateira Prodigiosa, Manhãs de Sol. Criou também a Federação Paulista de Amadores Teatrais.
Em 1969, começou a dar aulas no curso de artes cênicas da Universidade de São Paulo, e recebeu em 1999 o título de Professor Emérito.
(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer – CULTURA – O Estado de S. Paulo – 29 de outubro de 2012)