As novelas e a escravidão no Brasil
Desde 2003, o Brasil celebra, em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra. A data marca a morte de Zumbi dos Palmares, o mais célebre líder dos escravos na História do País. Zumbi morreu em 1695 e comandou a resistência do Quilombo dos Palmares por quase 100 anos. Desde o início, nos anos 1950, a TV brasileira explora o tema da escravidão, em minisséries, em programas e, principalmente, nas novelas.
“A Escrava Isaura”, um estrondoso sucesso internacional.
“A Escrava Isaura” (1976 e 2004)
Inspirada no livro de mesmo nome de Bernardo Guimarães, a novela de Gilberto Braga conta a saga de Isaura (Lucélia Santos), uma escrava branca perseguida e castigada pelo seu senhor, Leôncio (Rubens de Falco). Em 2004, a TV Record fez uma nova versão, também dirigida por Herval Rossano, com Bianca Rinaldi no papel de Isaura e Leopoldo Pacheco como Leôncio.
A trama tem como pano de fundo a luta abolicionista no Brasil do final do século 19. Isaura não é livre, porque Leôncio tem sua carta de alforria, que foi deixada pela mãe dela. Ao final, o vilão acaba se matando depois de ter todos os bens arrendados por Álvaro (Edwin Luisi), jovem abolicionista por quem Isaura se apaixona. Na versão da Record, Álvaro é interpretado por Théo Becker.
(Fonte: http://br.tv.yahoo.com/noticias – As novelas e a escravidão no Brasil/ Por Fernando Figueiredo Mello – Yahoo! Contributor Network qua, 14 de nov de 2012 -BRST)
Bernardo Guimarães (1825-1884) foi romancista e poeta brasileiro. “A Escrava Isaura” foi o seu romance mais popular. Estudou Direito em São Paulo. Foi juiz municipal na cidade de Catalão em Goiás. Foi jornalista, professor de latim, francês, retórica e poética. Estreou como poeta com “Cantos da Solidão”, mas foi como romancista que seu nome ganhou destaque. Foi considerado o criador do romance sertanejo e regional, ambientado em Minas Gerais e Goiás. De todos os seus romances “O Seminarista” é considerado sua melhor obra. É patrono da cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras.
Bernardo Guimarães (1825-1884) nasceu no dia 15 de agosto, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Filho de João Joaquim da Silva Guimarães e Constança Beatriz de Oliveira Guimarães. Estudou no seminário e aos 22 anos ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Foi amigo de Álvares de Azevedo e de Aureliano Lessa. Formou-se em 1852.
Seu primeiro livro publicado foi “Cantos da Solidão”, obra poética identificada com sua fama de boêmio e satírico, ainda na faculdade. Logo depois de formado foi para Catalão, em Goiás, onde exerceu o cargo de juiz municipal e lá permaneceu de 1832 até 1854.
Bernardo Guimarães foi morar no Rio de Janeiro em 1858, onde trabalhou como jornalista e crítico literário, no Jornal Atualidades. Em 1861 volta para Catalão, onde reassume o cargo de juiz municipal. Em 1866 é nomeado professor de retórica e poética no Liceu Mineiro de Ouro Preto.
Bernardo Guimarães publica em 1872, seu romance “O Seminarista”, onde expõe sua crítica ao celibato religioso. É considerada sua melhor obra. Em 1873 leciona latim e francês na cidade de Queluz em Minas Gerais. É Patrono da cadeira nº5 da Academia Brasileira de Letras e Patrono da cadeira nº15 da Academia Mineira de Letras.
Seu romance mais popular foi “A Escrava Isaura”, publicado em 1875, foi reproduzido para a televisão, com grande sucesso e levado para mais de 150 países. O romance conta o amor de Isaura, uma escrava branca, e Álvaro um jovem abolicionista e republicano.
Bernardo Joaquim da Silva Guimarães faleceu no dia 10 de março de 1884, em Ouro Preto, Minas gerais.
Obras de Bernardo Guimarães
Cantos da Solidão, poesia, 1852
Inspirações da Tarde, poema, 1858
O Ermitão do Muquém, romance, 1858
A Voz do Pajé, drama, 1860
Evocação, poesia, 1865
Poesias Diversas, 1865
A Bais de Botafogo, poesia, 1865
Lendas e Romances, contos, 1871
A Dança dos Ossos, conto, 1871
O Garimpeiro, romance, 1872
O Seminarista, romance, 1872
O Índio Afonso, romance, 1872
A Escrava Isaura, romance, 1875
Novas Poesias, 1876
A Ilha Maldita, romance, 1879
O Pão de Ouro, conto, 1879
Folhas de Outono, poesias, 1883
Rosaura, a Enjeitada, romance, 1883
O Bandido do Rio das Mortes, romance,1905
(Fonte: http://www.e-biografias.net/bernardo_guimaraes/)