Santiago Ramón y Cajal, médico espanhol que descobriu o neurônio em 1903.

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CÉREBRO
Avançando em paralelo, a Psicologia e a Neurologia ampliam o conhecimento do homem sobre si mesmo.

1903 – O médico espanhol Santiago Ramón y Cajal demonstra que as células nervosas se comunicam sem se tocar, enviando mensagens através de intervalos mais tarde chamados de sinapses.

Os tijolinhos da mente
Tudo o que acontece dentro do seu cérebro – do esforço para resolver uma questão de matemática até as ordens inconscientes para o seu coração continuar batendo – passa por uma intrincada rede de células, os neurônios. Um bebê já nasce com 14 bilhões deles, mas essa quantidade vai diminuindo com o tempo. Os cientistas do século XIX não sabiam nada disso, pois o neurônio só foi descoberto em 1903, pelo médico espanhol Santiago Ramón y Cajal (Petilla de Aragón, 1° de maio de 1852 – Madri, 17 de outubro de 1934).

A proeza começou a ser preparada em 1873, quando o anatomista italiano Camillo Golgi criou um método para tingir as fibras do cérebro com compostos de prata. Golgi detectou um tipo de célula nervosa que possuía pequenos braços – hoje chamados de dendritos e de axônios – que serviam para conectá-la a outras, iguais a ela. Trinta anos depois, Ramón y Cajal aperfeiçoou o sistema de tingimento de Golgi e comprovou que os neurônios são a unidade essencial do cérebro. E mais – descobriu que os neurônios nunca se tocam.

Como, então, os neurônios se comunicam? Ramón y Cajal sugeriu que eles enviam impulsos elétricos de um para outro. Errou por pouco. A comunicação se dá por meio de substâncias químicas chamadas neurotransmissores, que atravessam o pequeno intervalo entre os neurônios, as sinapses. Quem descobriu isso foi o farmacologista inglês Henry Dale (1875-1968). Em 1914, ele isolou o primeiro neurotransmissor, a acetilcolina, que aciona os movimentos dos músculos.

(Fonte: Super Interessante N° 145 – Outubro 1999 – FASCÍCULOS – XX O século da Ciência – Pág; 8)

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