Lawrence Stone, foi historiador da ordem social em mudança
Lawrence Stone (nasceu em 4 de dezembro de 1919, em Epsom, Reino Unido – faleceu em 16 de junho de 1999, em Princeton, Nova Jersey), foi um historiador social cuja ampla visão do passado ajudou a transformar os estudos históricos.
O professor Stone, que lecionou na Universidade de Princeton por 27 anos, escreveu sobre uma ampla gama de tópicos, incluindo a posição social e econômica da aristocracia inglesa, a natureza da Revolução Inglesa de 1640-1660, a história da educação, a escultura medieval e a vida familiar, incluindo as relações conjugais e o aumento do divórcio nos últimos cinco séculos.
Ao longo de seu trabalho, ele examinou mudanças profundas na ordem social ao longo de um longo período de tempo, em contraste com uma abordagem mais convencional restrita às atividades da elite política. Como tal, seu trabalho sobre a Inglaterra convergiu com uma abordagem intelectual pós-guerra semelhante na França associada a Marc Bloch e Lucien Febvre. Ele aplica técnicas de ciências sociais à história, usando as ferramentas de demografia, economia, ciência política e antropologia.
O professor Stone, que frequentemente se encontrava envolvido em polêmicas e apreciava esse fato, gostava de se autodenominar um expoente da prosopografia, ou biografia de grupo. Mais poderia ser aprendido, ele insistia, do estudo da história da família, ou da instituição do divórcio, do que até mesmo da biografia mais perspicaz de Henrique VIII ou Ana Bolena.
“A história, como o Professor Stone a apresentou para audiências extasiadas de estudantes e colegas, não pode ser confinada à pequena elite que domina os eventos”, disse o historiador Robert Darnton, um colega de Princeton. “Ela envolve populações inteiras.”
O professor Stone não estava isento de críticas. Em 1985, Norman F. Cantor (1929 – 2004), um historiador da Universidade de Nova York, escreveu no periódico neoconservador The New Criterion que os marxistas, liderados pelo professor Stone, estavam tomando conta do ensino de história. Essa acusação, que surgiu da associação inicial do professor Stone com o historiador socialista cristão inglês R. H. Tawney, foi veementemente negada em cartas ao editor por membros do departamento de história de Princeton e por acadêmicos conservadores como Gertrude Himmelfarb (1922 – 2019) e Jack Hexter (1910 – 1996). O professor Stone apenas descreveria a acusação como ”ridícula”.
Entre os livros acadêmicos do Professor Stone estão “A Crise da Aristocracia, 1558-1641” (1965), “As Causas da Revolução Inglesa, 1529-1642” (1972), “A Família, Sexo e Casamento na Inglaterra, 1500-1800” (1977) e “Vidas Destruídas: Separação Conjugal e Divórcio na Inglaterra, 1660-1857” (1993).
Nascido em Epsom, Surrey, na Inglaterra, em 4 de dezembro de 1919, Lawrence Stone estudou na Charterhouse School, na Sorbonne e na Christ Church, Oxford. Seus estudos universitários foram interrompidos pelo serviço de guerra como tenente na Royal Naval Volunteer Reserve.
Ele recebeu seus diplomas de bacharelado e mestrado em Oxford em 1946 e permaneceu lá até 1962, primeiro como professor na Universidade e nas faculdades de Corpus Christi e depois como membro do Wadham College.
Após dois anos no Institute for Advanced Study em Princeton, ele se juntou ao corpo docente da Princeton University em 1963. Ele serviu como presidente do departamento de história de 1967 a 1970 e em 1968 se tornou o diretor fundador do Davis Center for Historical Studies, que foi estabelecido para promover métodos inovadores de pesquisa histórica. Ele se aposentou em 1990.
Lawrence Stone faleceu na quarta-feira 16 de junho de 1999 em sua casa em Princeton, Nova Jersey. Ele tinha 79 anos.
A causa foi a doença de Parkinson, disse sua esposa, Jeanne.
Além da esposa, o professor Stone deixa dois filhos, Elizabeth Cecilia Stone Zimansky, de Stony Brook, Long Island, e Robert Lawrence Fawtier Stone, de Manhattan.
(Direitos autorais reservados: https://www.nytimes.com/1999/06/19/arts – New York Times/ ARTES/ Por William H. Honan – 19 de junho de 1999)
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