É natural associar o nome da pensadora francesa Simone de Beauvoir (Paris, 9 de janeiro de 1908 -Paris, 14 de abril de 1986) ao feminismo. Sua obra mais famosa, o livro O Segundo Sexo (1949), que analisa o tratamento dispensado às mulheres ao longo da história, tornou-se uma das obras de referência da filosofia feminista do século 20. Mas não é, de maneira nenhuma, seu único texto importante _ os romances A Convidada (1943) e Os Mandarins (1954), por exemplo, também são bastante reconhecidos, o último inclusive tendo sido contemplado com o prestigioso Prêmio Goncourt, um dos mais cobiçados da literatura francesa.
Simone desenvolveu o interesse pela intelectualidade desde bem jovem. Estudou matemática, letras e filosofia antes de tornar-se professora e publicar seus primeiros livros. Teve um romance aberto com o também filósofo e escritor Jean-Paul Sartre (1905-1980), embora eles nunca tenham casado ou morado juntos. Pensadores como Georg Wilhelm Hegel e Gottfried Leibniz influenciaram sua obra, permeada de reflexão existencialista mesmo nos textos de ficção.
A frase reproduzida (“Toda opressão cria um estado de guerra”) é parte do texto de O Segundo Sexo.
(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – Almanaque Gaúcho – Frase do dia: Simone de Beauvoir – 9 de janeiro de 2013)