Ex-ditador da Venezuela
Marcos Pérez Jiménez (Michelena, Táchira, 25 de abril de 1914 – Madri, 20 de setembro de 2001), último ditador da Venezuela.
Nascido a 25 de abril de 1914 na localidade de Michelena, no Estado de Táchira, Pérez Jiménez governou a Venezuela entre 1952 e 1958, mas o seu regime foi derrubado por uma junta cívico-militar em 23 de janeiro de 1958.
Perez Jimenez foi educado em colégios militares na Colômbia, Venezuela e Peru. Participou de um golpe militar que derrubou a ditadura do general Isaías Medina Angarita (1897-1953) em 1945, ajudando a instalar o governo democrático do presidente Romulo Gallegos (1884-1969). Mas em 1948, Perez Jimenez liderou um golpe que derrubou Gallegos.
Depois de o seu Governo cair, Jiménez abandonou a Venezuela para a República Dominicana e, dali, seguiu uns meses depois para os Estados Unidos, onde permaneceu cinco anos. Em 1968, partiu para Espanha, onde viveu até morrer.
Na Venezuela foi processado e condenado a quatro anos de prisão por desvio de fundos públicos e peculato.
Da sua gestão fica a perseguição aos políticos que se opuseram ao seu Governo, mas também as obras públicas monumentais, como o caso da auto-estrada Caracas-La Guaira, o centro Simon Bolívar de Caracas e a ponte sobre o lago de Maracaíbo, uma das mais extensas do mundo, com estrutura de betão armado.
Filho de Juan Pérez Bustamante e Adela Jiménez, Péres Jiménez estudou no Instituto Grémio Unido, em Cúcuta, Colômbia, e em 1934 ingressou na Academia Militar da Venezuela.
O general Perez Jimenez, o último ditador militar da Venezuela, governou a Venezuela de 1952 a 1958, quando foi deposto em um golpe sem derramamento de sangue, que deu início a 43 anos de regime democrático ininterrupto – a democracia mais antiga da América Latina.
Uma junta de três oficiais militares governou a Venezuela até 1952, quando Pérez Jimenez se declarou presidente. Seu regime foi apoiado por uma força de segurança que silenciou os líderes da oposição prendendo-os e torturando-os.
Durante seu mandato, ele criou obras públicas grandiosas, incluindo uma rodovia que liga Caracas ao litoral norte.
Em 1957, ele foi eleito para um mandato de cinco anos em uma votação amplamente considerada fraudulenta. Mas seu regime havia perdido o apoio público e um movimento clandestino para derrubá-lo, liderado pelo partido Ação Democrática, ganhou força.
Em 23 de janeiro de 1958, um levante popular apoiado pelos militares obrigou Perez Jimenez e sua família a fugir para a República Dominicana e depois para os Estados Unidos.
Em 1963, os Estados Unidos o extraditaram para a Venezuela, onde foi julgado e condenado a cinco anos de prisão por desvio de US$ 250 milhões. Libertado em 1968, Perez Jimenez mudou-se para Madrid.
Pérez Jiménez faleceu em 20 de setembro de 2001, de ataque cardíaco em Madri, aos 87 anos.
Antes de ficar doente, e apesar de residir há 33 anos em Espanha, Jiménez afirmou que “sempre esteve ligado à Venezuela” e que o seu maior desejo era regressar um dia ao seu país, disse a filha Flor Maria Pérez, uma das suas quatro filhas.
Marcos Pérez Jiménez encontrava-se numa clínica madrilena há dois anos depois de ter sofrido um derrame cerebral.
Os restos mortais de Pérez Jiménez foram trasladados para a Venezuela.
(Fonte: http://www.terra.com.br/noticias/retrospectiva2001/mundo)
(Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia – MUNDO / NOTÍCIA – 20/09/2001)
(Fonte: https://www.latimes.com.translate.goog/archives/la- Los Angeles Times / ARQUIVOS / ARQUIVOS DO LA TIMES / DA ASSOCIATED PRESS – Caracas, Venezuela –
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