Pioneiras por seus trabalhos científicos

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Elas se destacaram por seus trabalhos científicos. Elas foram pioneiras e ainda representam fonte de inspiração para as mulheres do século 21. Seus trabalhos e suas vidas estão entrelaçados a história e aos ideais de todas as mulheres.

Hipatia (370-415 d. C.) conhecida como filósofa, cientista e erudita, foi a primeira mulher a se destacar na matemática.
Nasceu em Alexandria. Seu pai, professor universitário de matemática, orientou sua educação. Alunos de diferentes regiões do país procuravam suas aulas, porque Hipatia era considerada uma espécie de oráculo e uma fonte de conhecimento.

Caroline Herschel (1750-1848), astrônoma famosa e admirada, seu trabalho foi pioneiro ao abrir o caminho da astronomia para outras mulheres. Nasceu em Hannover, Alemanha. Seu irmão William, astrônomo do rei, descobriu o planeta Urano, e ambos realizavam cálculos durante horas.
Caroline descobriu três nebulosas e, em agosto de 1786, tornou-se a primeira mulher a descobrir um cometa. Ela e o irmão instituíram a astronomia sideral (o estudo das estrelas). Foi a primeira mulher a ser nomeada assistente oficial de um astrônomo da corte inglesa.

Marie Lavoisier (1758-1836), seu nome era Marie Anne Pierette Paulze. Casou-se com Antoine Lavoisier que, na época, já era um químico bem estabelecido. Suas traduções do latim e do inglês eram importantes para os tratados de química. Suas gravuras em cobre, os desenhos e aquarelas originais feitos para a obra Método de Nomenclatura Química são consideradas suas obras mais famosas.

Sophie Germain (1776-1831), estudou matemática na biblioteca de seu pai, em Paris, e era fascinada pelas obras de Arquimedes, matemático grego. Adotou o pseudônimo de “Monsieur Lê Blanc”, com o qual se correspondia com diversos eruditos e cientistas. Em 1816 ganhou o grande prêmio da Academia Francesa por sua fórmula matemática da Lei da Vibração de Superfícies Elásticas.

Mary Fairfax Somerville (1780-1872), considerada uma heroína no meio científico de sua época, cresceu no vilarejo costeiro de Burtisland, Escócia. O jornal The London Post, em seu obituário, a aclamou “Rainha da Ciência do Século 19”. Estudou obras de Euclides e Newton, além de botânica, metereologia, astronomia, matemática avançada e física. Sua última obra, Sobre a Ciência Molecular e Microscopia (1869), incluiu da teoria anatômica até um catálogo de plantas.

Ada Lovelace (1815-1852), nascida em Londres, era filha do poeta Lord George Byron. Ela e Mary Fairfax Somerville eram amigas e compartilhavam do gosto pelas ciências. Ada estudou as diferenças finitas, base matemática da Máquina de Diferenças, obra do inventor e cientista Charles Babbage, acrescentando anotações que desenvolveram bastante a idéia original. Descreveu como alimentar a máquina com informações usando cartões perfurados. Da mesma forma que os cartões perfurados de computador, os padrões dos furos correspondiam a símbolos matemáticos. Por isso, ficou conhecida como a primeira a descrever completamente o processo que hoje é conhecido como programação de computador.

Marie Curie (1867-1934), Marja Sklodowska nasceu em Varsóvia, Polônia. Em Paris, ao estudar na Sorbonne, mudou seu nome para Marie. Formou-se em primeiro lugar em física. Em 1895, casou-se com o também físico Pierre Curie. O casal realizou estudos sobre os elementos radioativos, contribuiu para o entendimento dos átomos e ajudou a criar a base da física nuclear moderna. Em 1903, tornou-se a primeira mulher a receber um Prêmio Nobel de Física. Em 1906, quando da morte de Pierre, ela o sucedeu como professora de física na Universidade de Paris. Em 1911, recebeu seu segundo Nobel, desta vez em química, por seu trabalho com os compostos do rádio. Foi a primeira pessoa a receber dois Nobel. Assumiu a direção do Instituto do Rádio de Paris em 1914. Foi uma das fundadoras do Instituto Curie.

Amélia Earhart (1897-1937), pioneira da aviação feminina, a norte-americana tornou-se heroína nacional em 1928 por ser a primeira mulher a cruzar o Oceano Atlântico pelo ar. A experiência está relatada em seu livro Vinte Horas, Quarenta Minutos. Ela fundou a Ninety-Nines, organização internacional de aviadoras. Foi a primeira mulher a receber a Distinta Cruz da Aviação.
Em 1935, foi a primeira mulher a voar sobre o Oceano Pacífico. Ela pretendia ser também a primeira a circunavegar a Terra seguindo a linha do Equador. Seu avião desapareceu em 21 de maio de 1937. Acredita-se que tenha ficado sem combustível, e que ela e o navegador Fred Noonan tenham caído no mar.

Valentina Tereshkova (1937- ), nasceu numa fazenda perto da vila de Maslennikovo, na Rússia. Começou a saltar de pára-quedas como esporte. Quando entrou para o programa espacial já havia saltado 126 vezes. Em 1961, ofereceu-se como voluntária para o treinamento físico e técnico de que os cosmonautas participavam. Em 16 de junho de 1963, tornou-se a primeira mulher a ser lançada no espaço. Valentina foi nomeada Heroína da União Soviética e recebeu a Ordem de Lênin e a Medalha da Estrela de Ouro. Na solenidade, Kruchev, então chefe do governo soviético, lembrou que ela “havia permanecido no espaço por mais tempo do que todos os quatro astronautas norte-americanos (até aquela data) do sexo masculino juntos”.

(Fonte: Jornal Zero Hora – Caderno EUREKA – Porto Alegre, segunda-feira – 08/03/2004 – GENTE – Por Ana Maria Sampaio Benedetti – (100 Mulheres que Mudaram a História do Mundo, de Gail Meyer Rolka – Editora Prestígio) – Pág. 07)

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