Walmir Ayala (Porto Alegre-RS, 4 de janeiro de 1933 – Rio de Janeiro-RJ, 28 de agosto de 1991), escritor gaúcho, autor de O Monstro de Olhos Verdes.”
Para escrever O Monstro de Olhos Verdes, Ayala se inspirou na tragédia Otelo, de William Shakespeare, mostrando a temática do ciúme manipulado pela inveja, em um drama fantástico e com tom surrealista.
O dramaturgo utiliza-se do non-sense e da poesia para tecer uma trama instigante e surpreendente, em que forças incontroláveis do inconsciente são motor de ações irracionais – típicas do teatro do absurdo – nas quais, amor, ciúme e inveja vêm cobrar seu tributo na narrativa de vidas que buscam um ideal de felicidade.
A obra de Ayala vem sendo reeditada, sendo alguns títulos para o público infantil, como O Futebol do Rei Leão e O Canário e o Manequim.
(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/?Noticia=504939 – Arte & Agenda – Variedades – Teatro – 08/08/2013)
NOTÍCIA BIOGRÁFICA DO POETA
Walmir Ayala nasceu em Porto Alegre (RS) a 4 de janeiro de 1933 e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) a 28 de agosto de 1991. Em 1955 publicou seu primeiro livro, Face dispersa (poesia). Em 1956 transferiu residência para o Rio de Janeiro.
Dedicou-se a vários gêneros literários: poesia, conto, romance, teatro, literatura infantil, diário íntimo, crônica, crítica (de artes plásticas, literatura e teatro). Dedicou-se também, intensamente, ao jornalismo: de 1962 a 1968, assinou no Jornal do Brasil uma coluna de literatura infantil.
No mesmo jornal foi titular, de 1968 a 1974, de uma coluna de crítica de arte, tendo nesta atividade participado de vários júris nacionais e internacionais. Colaborou ainda com os jornais Folha de São Paulo, Correio da Manhã, Jornal do Commércio, Última Hora, O Dia etc, e diversas revistas nacionais e internacionais.
Em missão cultural do Minstério das Relações Exteriores do Brasil, viajou pela Itália, Chile e Paraguai. Visitou ainda a Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha, a convite dos governos dos respectivos países. Esteve presente, como representante do Brasil, nas bienais internacionais de Veneza e Paris.
Visitou o Japão em missão cultural da Fundação Mokiti Okada. Foi redator e produtor da Rádio MEC e assessor cultural do INL. Coordenou os dois últimos volumes do Dicionário brasileiro de artistas plásticos (INL/MEC, 1977/1980) e foi assessor do Departamento de Documentação e Divulgação do MEC. Tem livros publicados em Portugal, Espanha e Argentina, e poemas, contos e ensaios traduzidos para o inglês, espanhol, francês, italiano e alemão.
Autor de mais de uma centena de livros, conquistou vários prêmios nacionais de poesia, ficção e literatura infantil. No carnaval de 1987, foi homenageado pela Escola de Samba Portela, Rio de Janeiro, que desfilou com o samba-enredo baseado em seu livro A pomba da paz.
Autor do Dicionário de pintores brasileiros (1986, segunda edição revista e ampliada, 1997), foi também tradutor do espanhol: Fernando de Rojas, Rosa Chacel, Cervantes, Rafael Alberti, Garcia Lorca, Casona, José Hernandez e Jorge Luis Borges. Entre suas obras destacam-se: O edifício e o verbo (poesia, 1961), Difícil é o reino (diário, 1962), O visível amor (diário, 1963), À beira do corpo (romance, 1964), Cantata (poesia, 1966), Poemas da paixão (poesia, 1967), Natureza viva (poesia, 1973), Ponte sobre o rio escuro (contos, 1974), A pomba da paz (infantil, 1974), A fuga do arcanjo (diário, 1976), Guita no jardim (infantil, 1980), Estado de choque (poesia, 1980), Vicente, inventor (ensaio, 1980), Águas como espadas (poesia, 1983), O futebol do rei leão (infantil, 1984), Os reinos e as vestes (poesia, 1986), O forasteiro (infantil, 1986), Dedo-de-rato (infantil, 1991), O coelho Miraflores (infantil, 1993), O anoitecer de Vênus (contos, 1998). Deixou ainda um vasto acervo de obras inéditas que vem sendo publicado após a sua morte.
(Fonte: http://www.jornaldepoesia.jor.br)