Gio Ponti, Arquiteto, Designer Inovador de Artigos para Casa
Gio Ponti (nasceu em Milão, em 18 de novembro de 1891 – faleceu em Milão, em 16 de setembro de 1979), foi um renomado arquiteto e designer moderno italiano. Grande mestre da arquitetura e do design do pós-guerra no seu país.
O Sr. Ponti projetou tudo, de interiores de cozinhas a edifícios, lecionou na Escola de Arquitetura da Universidade de Milão e publicou uma revisão arquitetônica, Domus, que também era uma revista de design. Embora tenha projetado edifícios em todo o mundo, sua estrutura mais conhecida é, sem dúvida, o Edifício Pirelli, situado no coração comercial de Milão, uma cidade na qual ele nasceu e viveu. Um arranha-céu alto e fino, com 407 pés de altura, foi chamado por James Maude Richards (1907 – 1992) e Dennis Sharp (1933 – 2010) em seu capítulo em “A Arquitetura do Mundo”, “um dos mais elegantes de seu tipo na Europa”.
Em Nova York, o Sr. Ponti projetou um showroom para a Alitalia Airlines e um auditório para o Time‐Life Building. Mas ele era igualmente conhecido por seus designs domésticos inovadores: armários, talheres, pias.
Em uma mostra de artes industriais em 1957, o Sr. Ponti montou seu próprio pavilhão, no qual exibiu uma sala de estar, cozinha, quarto e banheiro. Cada objeto nesses cômodos era de sua própria criação. Eles incluíam estantes de vidro nas quais os livros pareciam flutuar no ar, mesas cuja cor variava com o ângulo de visão e uma cama de casal austera. Ele defendeu o último objeto dizendo:
“Estilo significa bom gosto. Um exemplo de mau gosto comum é fazer uma cama de casal muito feminina. Uma cama não é apenas um lugar para volúpia. É um lugar onde às vezes você ficará doente, quando quiser conforto, não refinamento, um lugar onde você desejará morrer, quando quiser majestade, não delicadeza.”
Em 1928 ele fundou a revista Domus. De 1936 à 1961 ele foi professor permanente na Faculdade de Arquitetura na Politécnica de Milão.
Grandes nomes costumam ser acompanhados de grandes histórias. Daquelas que merecem ser contadas. É com esse intuito que está em cartaz em Paris a exposição Vivere alla Ponti: as casas habitadas por Gio Ponti.
Experiências no viver doméstico e na arquitetura para viver e trabalhar. A mostra traz uma série de preciosidades acerca da vida e da obra do italiano, o grande mestre da arquitetura e do design do pós-guerra no seu país.
Além de cartas pessoais, retratos de família e vídeos do homem que fundou as revistas Domus e Stile, estão em exibição também uma série de móveis desenhados por Ponti e relançados pela marca italiana Molteni&C.
As peças apresentadas em Vivere alla Ponti foram idealizadas pelo italiano entre as décadas de 1930 e 1950, sendo algumas usadas pela própria família de Ponti. A série inclui uma cadeira, uma poltrona, uma cômoda, uma mesa de centro e um tapete.
A exposição, que chega ao Instituto Cultural Italiano de Paris após passar por Milão, Roma, Veneza e Londres, conta também com uma contribuição da marca francesa Christofle. Trata-se de uma coleção de 25 peças de prata desenhadas pelo arquiteto entre 1928 e 1978 e relançadas a partir de 2008.
A mostra compõe uma rica homenagem a uma das figuras mais influentes do design no século 20. “Como italianos e milaneses, temos uma herança que precisa ser ressaltada e um arquivo relativamente pouco explorado. Há muitos trabalhos esquecidos; além disso, relançar peças nos oferece a chance de conhecer melhor o homem, seu trabalho, e um momento essencial na arquitetura e no design italianos”, conta Salvatore Licitra, sobrinho de Ponti.
Além de servir de tributo à vida de um nome tão importante, Vivere alla Ponti também conta uma história íntima e profissional que ressalta a característica moderna e atemporal da obra de Ponti, cujo mérito e beleza apenas aumentam com o tempo.
O Sr. Ponti também desenhou figurinos e cenários para o Teatro alla Scala de Milão e os interiores de alguns dos navios mais famosos da Itália, incluindo o malfadado Andrea Doria.
(Fonte: http://casavogue.globo.com/MostrasExpos/noticia/2013/02 – Mostras&Expos/ NOTÍCIA – 02/02/2013)
(Créditos autorais: https://www.nytimes.com/1979/09/18/archives – New York Times/ ARQUIVOS/ por Arquivos do New York Times – 18 de setembro de 1979)