Giotto di Bondone (Colle Vespignano, 1266 Florença, 8 de janeiro de 1337), famoso pintor e arquiteto toscano, autor de afrescos como São Francisco Renunciando à Sua Herança, realizado na Igreja de Santa Croce, em Florença.
Nasceu perto de Florença, foi discípulo de Cinni di Pepo, mais conhecido na história da arte pela introdução da perspectiva na pintura, durante o Renascimento.
Devido ao alto grau de inovação de seu trabalho (ele é considerado o introdutor da perspectiva na pintura da época), Giotto é considerado por Bocaccio o precursor da pintura renascentista. Ele é considerado o elo entre o renascimento e a pintura medieval e a bizantina.
A característica principal do seu trabalho é a identificação da figura dos santos como seres humanos de aparência comum. Esses santos com ar humanizado eram os mais importantes das cenas que pintava, ocupando sempre posição de destaque na pintura. Assim, a pintura de Giotto vem ao encontro de uma visão humanista do mundo, que vai cada vez mais se firmando até o Renascimento.
Giotto, forma diminutiva de Ambrogio ou Angiolo, não se sabe ao certo, adotou a linguagem visual dos escultores, procurando obter volume e altura realista nas figuras em suas obras. Comparando suas obras com as do seu mestre, elas são muito mais naturalistas, sendo Giotto o pioneiro na introdução do espaço tridimensional na pintura europeia. Em seus trabalhos pela península Itálica, Giotto fez amizades com o rei de Nápoles e Bocaccio, que o menciona em seu livro, Decameron.
O Papa Benedito XI quis empregar Giotto, que passaria então dez anos em Roma. Posteriormente, trabalharia para o Rei de Nápoles. Em 1320, ele retornou a Florença, onde chefiaria a construção da Catedral de Florença. Giotto morreu quando pintava “O Juízo Final” para a capela de Bargello, em Florença.
(Fonte: Veja, 23 de janeiro de 1991 – ANO 24 – N° 4 – Edição 1166 – LIVROS/ Por Luiz Roberto Serrano – Pág; 84)