Rafael Bordallo Pinheiro (1846-1905), artista português que marcou uma época com o seu pensamento modernista, que o transportou para a atualidade como nosso contemporâneo.
Décadas antes que o surrealismo fosse oficialmente sonhado por qualquer artista, Bordallo produziu enormes lagostas de louça, jarras decoradas com rãs e tigelas que mimetizavam folhas de couve.
O delirante legado do lisboeta, que viveu no Brasil entre 1875 e 1879.
O artista português fundou estabelecimento em Caldas da Rainha, região central de Portugal, (com o nome Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha) em 1884.
O desafio era criar obras usando as formas originais ou que estabelecessem uma relação direta com o trabalho do “muso” inspirador.
O humor de Bordallo, que foi um dos grandes caricaturistas e cartunistas de seu tempo, criador do personagem Zé-Povinho, aparece mais escancarado em trabalhos como “As Paredes Têm Ouvidos”, de Marcos Chaves.
Nela, o artista adaptou um um porta-cartas no formato de um grande ouvido, original, com um fone de iPod. “Tive a oportunidade de prestar homenagem a dois gênios, Bordallo Pinheiro e Steve Jobs”, expressa Chaves.
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1350147- ILUSTRADA/ Por CASSIANO ELEK MACHADO
DE SÃO PAULO – 02/10/2013)