Ronald Coase, economista distinguido com o prêmio Nobel da Economia em 1991.

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Economista britânico ganhou o Prêmio Nobel em 1991.
Notoriedade veio em 1960, com artigo que é a base do Teorema de Coase.

 

Ronald Coase

 

Ronald Harry Coase (Londres, 29 de dezembro de 1910 – Chicago, 2 de setembro de 2013), economista distinguido com o prêmio Nobel da Economia em 1991. Coase era docente na Universidade de Chicago.

Coase nasceu no Reino Unido, onde estudou na Universidade de Londres e na London School of Economics e tornou-se conhecido em 1960 com a publicação de um artigo intitulado “O problema do custo social”, que foi a base do Teorema de Coase.

Este teorema defende que os direitos de propriedade bem definidos poderão compensar os custos gerados por fatores externos ao mercado. Coase defendia, portanto, que não é necessariamente indispensável contar com o Estado para corrigir estes fatores externos.

Este economista também ficou conhecido pelo seu trabalho sobre os custos de transação como o tempo para comparar preços.

Coase, que estudou na Universidade de Londres e na Escola de Economia e Ciência política de Londres, ganhou notoriedade com seu artigo “The Problem of Social Cost” (1960), as bases do reconhecido teorema de Coase.

Segundo o teorema, os direitos de propriedade bem definidos podem superar as forças alheias ao mercado. Outro trabalho inovador de Coase foi “The Nature of the Firm” (1937), que explica o conceito dos custos de transação e como isto explica os limites e características das empresas.

Após se casar com Marion Ruth Hartung em Chicago, Coase se mudou para os Estados Unidos, onde trabalhou na Universidade de Buffalo, na Universidade de Virgínia e na Universidade de Chicago, desde 1964.

Coase estava trabalhando em um livro sobre o poder econômico de China e Vietnã, chamado “How China Became Capitalist.”

Coase morreu em 2 de setembro de 2013, em Chicago, nos Estados Unidos, aos 102 anos.

(Fonte: http://www.publico.pt/economia/noticia – ECONOMIA – LUSA – 03/09/2013)
(Fonte: http://www.swissinfo.ch/por/internacional – 03. Setembro 2013)

 

 

Ronald Coase

Ronald Coase, Nobel de Economia em 1991; conheça seu legado

Nascido em Londres em 1910, Ronald Coase foi um importante autor e economista britânico, que se destacou pela contribuição que trouxe para a microeconomia. Coase contribuiu muito para a área esclarecendo aspectos sobre a importância dos custos de transação e dos direitos de propriedade para o funcionamento da economia. Entre outras façanhas, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas em 1991.

O reconhecimento veio após a publicação de dois artigos: “A Natureza da Firma” e “O Problema do Custo Social”. Coase avalia e explica razões da origem e do crescimento das firmas, assim como questões ligadas aos direitos de propriedade, externalidades e intervenção judiciária nos negócios. Apesar de possuir um modo de pensar que se distanciava dos padrões de sua época, as teorias propostas pelo autor inglês foram de suma importância para a economia.

Em “A Natureza da Firma” (1937), de uma perspectiva geral, Coase tenta explicar a natureza e os limites de uma empresa. Em outras palavras, ele busca esclarecer por que a economia é constituída por uma vasta diversidade de empresas comerciais, sendo que cada indivíduo poderia usufruir de seus próprios serviços independentemente.

Para o economista, as empresas existem porque recorrer ao mercado o tempo todo, criando inúmeros pequenos e rápidos contratos, pode impor grandes custos de transação. Você precisa contratar trabalhadores, negociar preços, regularizar transações e realizar pesquisas e experimentos – para nomear apenas algumas das inúmeras atividades que consomem muito tempo e recursos. Assim sendo, uma empresa comercial é essencial pois funciona como um dispositivo de redução de custos de mercado.

Por exemplo, suponha que você tenha um carro estragado. Se você é o proprietário do veículo e decide não o levar à oficina (a qual neste caso é uma empresa), você terá que arcar com os “custos de mercado”, já que terá que consertá-lo por conta própria. Desta forma, você precisará comprar as peças que serão substituídas, as ferramentas necessárias para a manutenção, arcar com as tarifas sobre todos esses objetos e, é claro, dedicar seu tempo e trabalho na tarefa. A partir desses desdobramentos, Coase tenta explicar por que as empresas comerciais existem. Se você levar seu carro diretamente à oficina, evitará todos esses “custos de mercado” necessários para o conserto.

A partir desse insight, Ronald Coase questiona o porquê de nem toda produção ser organizada por grandes empresas, visto que essas conseguem eliminar consideravelmente os custos de produção.  A medida que o tamanho da companhia aumenta, crescem os custos indiretos de transação. Além disso, aumenta a propensão para que um administrador, sobrecarregado, cometa erros na alocação de recursos.

Trazendo para a prática, um grande empreendedor tem dificuldades em fiscalizar toda a empresa, dividir as tarefas, além de ter maiores custos burocráticos, contábeis, entre outros. Isso, em algum momento, pode fazer com que aumentar o número de transações dentro da empresa gere mais custos do que realizar novas transações externamente (direto no mercado).

Ainda seguindo o exemplo do carro, suponhamos que o dono de uma grande oficina ofereça conserto de problemas no motor e troca e reparo em pneus. Entretanto, para que esse passe também a produzir sua própria linha de pneus e peças de motor, ele teria que diversificar muito suas atividades. Isso o levaria a contratar novos funcionários para gerenciar cada área, criar sistemas de avaliação do desempenho dos funcionários, atender a maiores exigências fiscais e contábeis, entre outros processos que gerariam mais custos indiretos.

Além disso, o administrador teria, agora, muitas atividades para vistoriar. Assim, garantir a qualidade e o funcionamento eficiente da organização ficaria mais difícil. O desperdício de tempo e recursos seria maior e, portanto, o valor de recorrer ao mercado pelos pneus e peças poderia ser igual ou até menor do que o preço de produzi-los dentro da organização.

Este foi um dos trabalhos mais marcantes de Ronald Coase, que foi importantíssimo para a área de microeconomia e marcou sua época como uma das grandes mentes do pensamento econômico. Mais tarde, ele lançaria sua obra o “Problema do Custo Social”, que também foi um marco no período.

(Fonte: http://g1.globo.com/economia – ECONOMIA/  por Samy Dana – Globo Comunicação e Participações S.A. – 23/07/2017)

Post em parceria Augusto Felizali, graduando em Administração de Empresas  pela Fundação Getulio Vargas e consultor pela Consultoria Júnior de Economia

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