Mané Garrincha, atacante que ganhou duas Copas encantou o mundo com seus dribles.

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“Alegria do povo”, Mané Garrincha

Mané Garrincha (Magé, 28 de outubro de 1933 – Rio de janeiro, 20 de janeiro de 1983), atacante que ganhou duas Copas encantou o mundo com seus dribles, o “anjo das pernas tortas”.

Ele ganhou duas Copas, a de 1962 praticamente sozinho, assombrou o mundo com seus dribles e encantou até mesmo os inúmeros marcadores que tentaram pará-lo – e raramente conseguiram. Tinha uma perna menor que a outra, nasceu Manuel em 1933 e se eternizou Garrincha.

Garrincha defendeu o Botafogo, clube pelo qual disputou 95% de seus jogos na carreira.

Franzino e com as pernas arqueadas, Garrincha chegou ao Botafogo em 1953 vindo do Esporte Clube Pau Grande, onde jogava de forma amadora. Dizem que na primeira vez que entrou no vestiário do alvinegro carioca, foi recebido com desdém pelo treinador. “Quando eu era mais novo, que jogava futebol lá na minha terra, em Pau Grande, nunca notei nada de minha perna torta.

Depois que vim para o Botafogo foi que o pessoal falou”, lembrou o craque em 1978 durante participação no extinto programa Vox Populi, da TV Cultura. “Eu acho que ajudou bastante, porque, enquanto os gringos olhavam minhas pernas tortas e diziam “aquele cara não joga nada”, eu ia pegando a bola, ia passando por eles e fazendo meus gols. Cheguei aonde estou com essa perna torta assim mesmo.”

Garrincha precisou de apenas um jogo para cair nas graças do Botafogo. Em sua estreia em 19 de julho de 1953, diante do Bonsucesso, pelo Campeonato Carioca, o ex-ponteiro marcou três gols e foi o protagonista da goleada botafoguense por 6 a 3. Foi a primeira partida das 614 que Mané faria pelo clube de General Severiano em que marcou 245 gols.

SELEÇÃO

Mané Garrincha atuou pela seleção brasileira durante onze anos, tendo realizado 60 jogos. Esteve em campo na primeira conquista, em 1958, e foi o grande responsável pelo bicampeonato de 1962, quando assumiu a responsabilidade de grande craque do time após a lesão muscular de Pelé no segundo jogo do Mundial.

As comparações com o Rei do Futebol, aliás, sempre acompanharam o craque, que minimizava. “O Pelé era o homem-gol, eu sempre fui o homem que preparava as jogadas. Ele é o rei do futebol, eu fico no segundo plano e estou feliz com isso”, disse, em 1978. Pela seleção brasileira, a dupla Garrincha-Pelé nunca perdeu.

Além do Botafogo, clube que deixou em 1965, Mané Garrincha atuou por Corinthians e mais nove clubes, mas por poucos jogos e sem mais exibir seu brilho. Seu jogo de despedida dos campos aconteceu em 19 de dezembro de 1973, num amistoso entre a seleção brasileira e um combinado de jogadores estrangeiros.

O ex-jogador faleceu em 20 de janeiro de 1983. Seu epitáfio diz que “Aqui jaz em paz aquele que foi a Alegria do Povo – Mané Garrincha”. Singelas palavras para um jogador que, certa vez, definiu quem era com a mesma habilidade com que encantou o mundo: “Nunca fui um anjo, apenas um palhaço que corria com a bola nos pés.”

Se estivesse vivo, o “anjo das pernas tortas” completaria 80 anos “provavelmente” em 28 de outubro de, já que até mesmo sua data de nascimento é controversa: enquanto alguns documentos e a inscrição na lápide apontam para o dia 28 de outubro, a família e o Botafogo, clube pelo qual disputou 95% de seus jogos na carreira, comemoram seu aniversário dez dias antes.

(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/esportes – ESPORTES/ Por Marcio Dolzan – O Estado de S. Paulo – SÃO PAULO – 28 de outubro de 2013)

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