Paul Murry (Saint Joseph, Missouri, 25 de novembro de 1911 – Palmdale, 4 de agosto de 1989), desenhista americano que ficou especialmente conhecido por desenhar para a Disney as aventuras do Mickey entre 1950 e 1984.
Murry quem, ao lado do veterano roteirista Carl Fallberg, melhor explorou o lado detetive do camundongo, fixando a imagem do Mickey de chapéu, terno e gravata ou, muitas vezes, de capote, ao melhor estilo 007. Ao lado de seu eterno e fiel amigo Pateta, e, por vezes, junto com o Pluto, Minnie ou os sobrinhos Chiquinho e Francisquinho, Mickey viveu muitas aventuras ao redor do mundo, e até em outras épocas, sob a competente batuta de Fallberg e o lápis mágico de Murry.
Paul Murry nasceu em 25 de novembro de 1911, no Missouri, e desenhou sua primeira tira para a Disney em 1943, uma tira dominical para a história de estréia do Zé Carioca nos quadrinhos, trabalho conjunto com o desenhista Bob Grant. A primeira tira de Murry foi publicada em 7 de março daquele ano e permanece inédita no Brasil.
Apesar de ter trabalhado com inúmeros personagens Disney, como Panchito, Coelho Quincas, Pato Donald e Pluto, entre outros, Murry ficou conhecido pelo seu trabalho com o Mickey e o Pateta. No verão de 1950, Murry desenhou sua primeira história longa com o camundongo, “O Monstro Marinho”. A partir de 1953, Murry iniciou uma parceria de sucesso com o roteirista Carl Fallberg, publicando histórias seriadas para a revista Walt Disney”s Comics (and Stories).
A primeira delas foi “O Último Refúgio”. Outros exemplos podem ser citados: “O Caso do Bandido que Desaparecia”, “Cidade Perdida”, “O Magneto Maravilhoso”, “Os Piratas de Tabasco”, “A Lenda do Lago Grande”, “A Cidade Naufragada”, “Os Náufragos da Baía da Baleia”, “A Estranha Missão de Mickey”, e muitas outras.
Curiosamente, entretanto, uma das melhores “sagas” desenhadas por Murry não ocorreu em parceria com Fallberg. A famosa “Trilogia da PI”, em que Mickey e Pateta contracenam com personagens humanos, foi escrita por Don Christensen, ficando Murry responsável pelos desenhos do Mickey e do Pateta e Dan Spiegle pelos personagens humanos.
Além das tiras de estréia do Zé Carioca, mencionadas acima, Murry desenhou, ainda, as histórias de estréia, nos quadrinhos, do Coelho Quincas, João Honesto, Zé Grandão e Zé Veloz, em 1945, do Neco Ati, em 1946, e do Fuinha (eterno companheiro do João Bafodeonça), em 1951, todas inéditas no Brasil.
Por aqui foram publicadas, com desenho de Murry, as histórias de estréia do Urso Colimério e Sucupira (“Os Turistas”), datada de 1953, do Dr. X (“Mancha Negra Volta a Atacar!”), de 1964, do Superpateta (“O Ladrão de Zanzipar”), de 1965, do Barzan das Selvas (“O Jade Gigante de Mungunzula” – com o Superpateta), do Dr. Estigma (“O Superenigmático Dr. Estigma” – com o Superpateta), da dupla Kid Mônius e Ted Tampinha (“O Tesouro de Umba-Lumba”) e do Supergilberto (“A Onda dos Redemoinhos” – com o Superpateta), todas datadas de 1966, além do Vespa Vermelha (“O Mistério do Vespa Vermelha”), de 1967, e do xerife Tiraprosa de Chumbo Grosso (“Quando um Bravo Correu”), de 1969.
Aliás, com o Superpateta, Murry desenhou histórias significativas, além das já mencionadas: “Nasce um Super-Herói”, “O Super-Trapalhão” , “O Zoológico Invisível”, “O Estranho Caso do Dr. Tictac” e “O Raio Frio” são algumas delas.
Murry desenhou também algumas histórias, com roteiro de Vic Lockman, para a subsérie “Teatro Disney”. São elas: “Ali Patinhas e os Quarenta Metralhas”, “A Outra Ilha do Tesouro”, “O Rei Mickey e os Cavaleiros da Távola Redonda”, “A Família do Robinson Mickey”, “A Lâmpada Mágica de Aladim Mickey” e “Guliver Mickey”.
Relevantes, ainda, são os trabalhos de Murry em que Mickey atua juntamente com o Pato Donald, com ou sem o auxílio do Pateta: “Mancha Negra Volta a Atacar!”, “A Coroa de Tasbah”, “O Navio-Pirata Voador” e “A Marca do Mancha”.
As histórias do desenhista são facilmente identificáveis pois são, em sua maioria, histórias de aventura, de traços grossos. Uma cena que se repete, nos desenhos de Murry, é o Pateta com a mão à frente da boca, em uma expressão abobalhada. Ainda as melhores histórias do Mickey detetive são de autoria de Paul Murry.
No final de carreira, Murry perdeu todo o interesse em desenhar quadrinhos. O desenhista faleceu em 4 de agosto de 1989, na Califórnia. A última história de Murry foi publicada muito depois da sua morte, em 2005 (“The Clone Plot”), e permanece inédita no Brasil.
(Fonte: http://www.guiadosquadrinhos.com/artistabio – ARTISTAS)
(Fonte: http://www.esquiloscans.com.br)